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Adriane Lopes determinou auditoria na Saúde no início de fevereiro, antecipando-se à crise na Santa Casa

Foto: Reprodução
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A crise de superlotação que atingiu a Santa Casa de Campo Grande evidenciou os imensos desafios do sistema de saúde municipal. No entanto, enquanto a situação crítica levou o hospital a solicitar a suspensão de novos atendimentos e registrar boletim de ocorrência alertando sobre risco de colapso, a administração municipal já havia iniciado ações preventivas importantes.

No início de fevereiro, demonstrando visão estratégica, a prefeita Adriane Lopes (PP) já havia determinado a realização de uma auditoria completa na Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A iniciativa, anunciada durante o evento “Saúde Acolhe” promovido pela Secretaria Estadual de Saúde, tinha como objetivo identificar ineficiências e promover melhor aplicação dos recursos disponíveis.

“Quando eu invisto R$ 33 milhões na compra de medicação, mas tenho R$ 42 milhões em judicializações só de fralda e dietas, alguma coisa está errada. Precisamos rever e fazer o caminho de volta na saúde”, declarou a prefeita na ocasião, evidenciando seu compromisso com a transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos.

A capacidade de reação rápida da gestão municipal foi demonstrada quando, diante da emergência declarada pela Santa Casa – cujo pronto-socorro, projetado para 13 pacientes, estava atendendo 80 – a Prefeitura coordenou a transferência de 36 dos 43 pacientes solicitados para outras unidades hospitalares, aliviando significativamente a pressão sobre o hospital.

Paralelamente, a administração de Adriane Lopes implementou medidas estruturantes. O município ampliou os repasses mensais à Santa Casa em R$ 1 milhão, elevando o total de R$ 5 milhões para R$ 6 milhões, com pagamentos rigorosamente em dia. Além disso, articulou a abertura de 52 novos leitos clínicos em hospitais filantrópicos e viabilizou um acréscimo mensal de 150 cirurgias ortopédicas e 50 cirurgias gerais, reduzindo consideravelmente a demanda sobre a Santa Casa.

Um ponto crítico identificado pela prefeita foi a sobrecarga causada pelo atendimento a aproximadamente 500 mil pessoas além da população da própria Capital, fator que pressiona significativamente os recursos do sistema municipal. Esta realidade reforçou a necessidade da auditoria como ferramenta para otimização dos investimentos.

Com orçamento integralmente sob sua gestão para o novo exercício, a prefeita tem implementado seu modelo administrativo com foco na eficiência dos serviços públicos. A auditoria na Sesau representa um elemento central dessa abordagem, garantindo que cada real investido resulte em melhorias efetivas para a população.

A experiência da crise na Santa Casa também evidenciou a importância do fortalecimento das parcerias entre as diferentes esferas governamentais. A gestão municipal tem buscado intensificar essas colaborações para ampliar a capacidade de resposta do sistema de saúde, demonstrando que medidas preventivas, somadas a ações emergenciais eficientes, são essenciais para garantir atendimento de qualidade aos campo-grandenses.