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STF já tem maioria para condenar Carla Zambelli, mas julgamento é suspenso por Nunes Marques

Foto: Foto: Michel Jesus / Agência Câmara
Foto: Foto: Michel Jesus / Agência Câmara

O Supremo Tribunal Federal (STF) já formou maioria para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma, mas o julgamento foi interrompido nesta segunda-feira (24). O ministro Nunes Marques pediu vista do processo, solicitando mais tempo para análise. Assim, o desfecho do caso, que aconteceria no plenário virtual da Corte na próxima quinta-feira (27), foi adiado por até 90 dias, embora outros ministros ainda possam registrar seus votos no sistema. Até o momento, o placar está em 5 a 0 a favor da condenação de Zambelli.

A deputada é acusada de sacar e apontar uma arma contra um homem nas ruas de São Paulo, no dia 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições presidenciais. O incidente foi registrado em vídeo e gerou grande repercussão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a deputada, resultando na abertura de ação penal no STF.

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, sugeriu uma pena de cinco anos e três meses de prisão, em regime semiaberto inicial, além da perda do mandato e da suspensão do porte de armas. A decisão também prevê que a pistola usada por Zambelli seja entregue ao Exército. Os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam integralmente o relator.

A defesa de Zambelli entrou com um novo memorial pedindo sua absolvição, argumentando que a deputada apenas reagiu a provocações e que a arma estava legalmente registrada. “Tenho total confiança na Justiça e acredito que, com o esclarecimento completo dos fatos, minha inocência será comprovada”, declarou Zambelli.