Pesquisar

Ministro do governo Lula usa tragédia de Bolsonaro para fazer propaganda política

Em momento de dor, Padilha demonstra insensibilidade ao explorar imagem de ex-presidente hospitalizado

Alexandre Padilha Foto: Marcelo Camargo/Agência
Alexandre Padilha Foto: Marcelo Camargo/Agência

Em uma demonstração lamentável de insensibilidade e oportunismo político, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, utilizou nesta sexta-feira (11) a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um momento de fragilidade médica para fazer propaganda partidária. A atitude repugnante ocorreu quando Padilha compartilhou em suas redes sociais uma foto do ex-presidente sendo transportado em uma ambulância após passar mal durante visita ao Rio Grande do Norte.

“Criado pelo presidente @lulaoficial, para todos os brasileiros! Viva o SUS”, escreveu o ministro, ignorando completamente o sofrimento humano retratado na imagem e aproveitando-se de uma emergência médica para exaltar seu chefe político.

Vale lembrar que Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais em decorrência do atentado a facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018 – um evento traumático que quase lhe tirou a vida e que continua gerando sequelas até hoje. O ex-presidente precisou ser hospitalizado após passar mal em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e foi transferido para Natal, onde recebe tratamento especializado.

O médico Antônio Luiz Macedo informou que o procedimento, por enquanto, é clínico, mas não descartou a possibilidade de uma intervenção cirúrgica. Enquanto isso, em Brasília, um ministro de Estado não encontrou nada melhor para fazer do que explorar politicamente o sofrimento de um adversário.

A atitude desumana de Padilha expõe o nível de degradação a que chegou o debate político no país, onde nem mesmo momentos de fragilidade física e dor são respeitados pelo atual governo. Transformar a imagem de um ex-presidente sendo socorrido em peça de propaganda partidária representa o novo patamar da baixaria política institucionalizada.

Enquanto o ministro da Saúde deveria estar preocupado em garantir atendimento digno a todos os brasileiros, independentemente de suas convicções políticas, Padilha preferiu reafirmar que no atual governo a saúde também é instrumento de polarização e revanchismo político.