Prefeito de Sorocaba sugere motivação política após ser alvo de busca e apreensão

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), revelou detalhes perturbadores sobre a operação da Polícia Federal (PF) que o atingiu na manhã de quinta-feira (10). Em entrevista exclusiva concedida ao Pleno.News nesta sexta-feira (11), o gestor municipal levantou sérias suspeitas sobre a legitimidade da ação policial, apontando indícios de possível vazamento e motivação política.
Manga afirmou categoricamente que a operação apresentou sinais claros de orquestração, destacando um fato particularmente alarmante: “Foi tão arquitetado, pra você ter uma ideia, que quando eles chegaram na minha casa, a Globo já estava na porta de casa”, relatou o prefeito, sugerindo vazamento privilegiado de informações sobre a operação.
Um dos momentos mais impactantes do relato envolveu seu filho de apenas 7 anos, que acabou sendo quem abriu a porta para os agentes federais. “O que mais me chateia é um menino de 7 anos viver isso pela opção do pai, ter colocado seu nome para uma disputa ao governo do estado ou até uma disputa presidencial”, lamentou Manga, que havia manifestado interesse em concorrer à Presidência caso o ex-presidente Bolsonaro não fosse candidato.
O prefeito republicano não hesitou em interpretar a ação como perseguição política, afirmando que não teme o presidente Lula e sugerindo que seu posicionamento político estaria por trás da operação. Segundo Manga, até mesmo os agentes federais demonstraram desconforto durante o cumprimento do mandado.
“Eu percebi os policiais, a todo momento, constrangidos de estar lá. Tipo assim, um policial chegou até a falar assim: ‘Prefeito, eu queria que abrisse ali para eu ver, a gente sabe que não tem nada, mas a gente tem que cumprir o nosso papel’. Você via que era uma ação extremamente política”, descreveu o prefeito de Sorocaba.
Manga afirmou ter mantido a tranquilidade durante toda a operação por ter certeza de que nada comprometedor seria encontrado em sua residência, reforçando sua convicção de que a ação tinha objetivo meramente intimidatório e caráter político.