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Direita precisa se unir para derrotar Lula em 2026, defende presidente do Republicanos

Marcos Pereira aponta necessidade de consenso no campo conservador para evitar reeleição petista

Foto: Site Republicanos
Foto: Site Republicanos

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, defendeu a necessidade de união entre os partidos de direita para impedir a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Em entrevista recente, Pereira destacou que a fragmentação do campo conservador pode facilitar a continuidade do governo petista, enfatizando a importância de um único nome forte para a disputa.

“Acho que esse campo conservador está aberto. Só espero, e seria muito bom, que todo ele estivesse unido em torno de um só nome. Se houver divisão, acho que fica mais difícil uma eleição neste campo contra uma reeleição de Lula”, afirmou o dirigente do Republicanos, partido que conta com a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados.

Apesar da articulação da sigla para a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara com apoio do Planalto, Pereira sinalizou um afastamento do governo, reforçando que o Republicanos mantém seu compromisso com pautas conservadoras e com o eleitorado evangélico, que tem se mostrado cada vez mais crítico às políticas da esquerda.

Nomes da direita ainda estão indefinidos

A direita brasileira ainda não tem um nome consolidado para disputar o pleito de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece inelegível até 2030, mas segue buscando reverter essa decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto isso, diversas lideranças conservadoras surgem como alternativas, incluindo os governadores Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSDB-RS).

Marcos Pereira afastou a possibilidade de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), dispute a presidência, acreditando que ele buscará a reeleição no Estado. Nos bastidores, o nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também foi mencionado, especialmente após sua recente reunião com o estrategista conservador Steve Bannon, nos Estados Unidos.

Governo Lula enfrenta resistência do eleitorado evangélico

Embora o Republicanos tenha um representante no primeiro escalão do governo – o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho –, Pereira afirmou que os setores evangélicos e conservadores dificilmente apoiarão Lula em 2026. Ele atribui essa resistência às pautas progressistas adotadas pelo governo petista, que divergem dos valores da base evangélica.

“Essa desconexão do presidente Lula e da esquerda com o setor evangélico é causada pelas pautas progressistas. Quando o eleitor evangélico votou em Lula, não se sabia, penso eu, que esse partido e a esquerda teriam uma postura ativista nas pautas de costumes”, disse Pereira.

Além disso, o líder do Republicanos comentou sobre possíveis mudanças ministeriais dentro do governo, ressaltando que uma reforma no primeiro escalão precisa ser bem planejada. Segundo ele, quem assumir um ministério neste momento e desejar disputar as eleições de 2026 terá pouco tempo para apresentar resultados significativos.

A direita segue em busca de um nome forte e coeso para disputar a presidência e interromper a permanência do PT no poder. A definição desse candidato e a capacidade de unir as diversas vertentes conservadoras serão determinantes para o cenário político dos próximos anos.