Fábio Wajngarten compartilhava conteúdos depreciativos sobre ex-primeira-dama mesmo durante governo

Revelações explosivas divulgadas pelo portal Poder360 expõem uma traição que acontecia dentro do próprio núcleo bolsonarista. Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro, operava secretamente contra Michelle Bolsonaro, disseminando e elogiando conteúdos que atacavam diretamente a ex-primeira-dama.
As evidências surgem através de mensagens internas obtidas pelo veículo jornalístico, nas quais o ex-assessor compartilha uma reportagem altamente crítica publicada pelo Metrópoles em dezembro de 2022. O material descrevia Michelle como “falsa crente”, “teimosa” e “medíocre” – termos que Wajngarten não apenas endossou, mas celebrou ativamente em suas comunicações privadas.
Deslealdade institucional comprovada
O comportamento desleal do ex-secretário não se limitava apenas aos ataques diretos. Segundo as informações divulgadas, Wajngarten chegou ao extremo de declarar, em conversas reservadas, que preferia ter Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República a ver Michelle Bolsonaro como futura candidata ao cargo máximo do país.
Esta postura representa uma quebra flagrante dos princípios de lealdade que deveriam nortear qualquer pessoa que ocupou posição de confiança no governo. Enquanto publicamente se apresentava como defensor do projeto bolsonarista, Wajngarten minava internamente uma das principais figuras da família presidencial.
Consequências políticas imediatas
A exposição desses comportamentos teve repercussões diretas na trajetória política do ex-assessor. A direção nacional do Partido Liberal (PL) considerou “inaceitável” a conduta de Wajngarten, decisão que culminou em seu afastamento da sigla partidária.
O episódio ilustra como conflitos pessoais e disputas internas podem corroer movimentos políticos por dentro, especialmente quando envolvem figuras que ocuparam posições estratégicas de comunicação e influência.
Silêncio estratégico mantido
Até o presente momento, nem Michelle Bolsonaro nem Fábio Wajngarten se manifestaram oficialmente sobre as revelações. O silêncio de ambos os lados sugere que o assunto permanece sensível e pode ter desdobramentos futuros no cenário político nacional.
A situação expõe as fraturas internas que existiam no núcleo de poder durante o governo anterior, revelando como interesses pessoais podem se sobrepor à coesão institucional necessária para a governabilidade efetiva.
Os próximos movimentos dos envolvidos definirão se este episódio permanecerá como um capítulo isolado ou se trará novas revelações sobre os bastidores do poder durante o período de 2019 a 2022.