Pesquisar

Governo do MS envia projeto que simplifica isenção de ICMS para templos religiosos

Proposta transfere para Secretaria de Fazenda análise de pedidos que hoje são feitos às concessionárias

Gerson Oliveira/Correio do Estado
Gerson Oliveira/Correio do Estado

O governador Eduardo Corrêa Riedel encaminhou nesta quarta-feira (10) à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul um projeto de lei que promete desburocratizar o processo de isenção de ICMS para templos religiosos no estado. A proposta altera a Lei nº 5.455, de 11 de dezembro de 2019, que concede o benefício fiscal sobre serviços essenciais como energia elétrica, telefone e internet.

A principal mudança está na transferência da responsabilidade pela análise dos pedidos de isenção. Atualmente, os templos precisam solicitar o benefício diretamente às empresas prestadoras de cada serviço. Com a alteração proposta, todo o processo passará a ser centralizado na Secretaria de Estado de Fazenda (SEFAZ).

“A medida busca trazer maior celeridade ao processo de concessão e de renovação do benefício fiscal”, explica o governador na mensagem enviada ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro. Segundo Riedel, a SEFAZ poderá utilizar sua estrutura operacional já distribuída por todo o estado para processar os pedidos com mais eficiência.

Outro ponto destacado pelo Executivo é a possibilidade de a Fazenda estadual utilizar sua fiscalização móvel para realizar vistorias nos estabelecimentos religiosos, verificando se atendem aos critérios estabelecidos na lei para a concessão do benefício fiscal.

O projeto altera especificamente o caput do artigo 2º da Lei nº 5.455/2019, mantendo a exigência de que a isenção tributária seja requerida e renovada sempre que houver mudança na titularidade do imóvel. A diferença é que agora esse requerimento será direcionado à SEFAZ, e não mais às empresas concessionárias de serviços públicos.

A isenção de ICMS para templos religiosos em Mato Grosso do Sul abrange as contas de serviços públicos estaduais próprios, delegados, terceirizados ou privatizados de energia elétrica, telefone e internet. O benefício se aplica a templos de qualquer denominação religiosa, respeitando o princípio constitucional da liberdade de culto.

O projeto agora segue para análise das comissões temáticas da Assembleia Legislativa antes de ser votado em plenário. Se aprovado pelos deputados estaduais, entrará em vigor na data de sua publicação.