Desvalorização do real e incertezas econômicas impulsionam aumento histórico da moeda americana.
O ano de 2024 foi marcado por uma disparada do dólar frente ao real, com uma alta de 27,34%, a maior desde o início da pandemia de Covid-19. Este aumento reflete não apenas a instabilidade econômica global, mas também fatores internos, como a percepção de fragilidade fiscal e a desconfiança do mercado em relação à política econômica do governo.
Especialistas apontam que a desvalorização do real foi intensificada pela falta de reformas estruturais e pela volatilidade no cenário político nacional. A incerteza sobre o controle do déficit fiscal e os baixos índices de crescimento econômico contribuíram para a saída de investidores e pressionaram a moeda brasileira. Em contrapartida, o dólar se fortaleceu globalmente, com o aumento dos juros nos Estados Unidos atraindo recursos para aquele mercado.
Para 2025, o desafio será recuperar a confiança dos investidores e estabilizar a economia. O Banco Central e o governo têm discutido estratégias para conter a volatilidade cambial e atrair investimentos estrangeiros, essenciais para reverter o cenário. No entanto, medidas concretas e uma comunicação mais assertiva com o mercado serão cruciais para evitar uma nova escalada do dólar no próximo ano.
