
Em mais um episódio de tensão e conflito, cerca de 1,5 mil famílias ligadas a movimentos sociais ocuparam a sede do INCRA em Campo Grande e interditaram rodovias do Mato Grosso do Sul. O objetivo? Pressionar o governo por novas terras e – surpreendentemente – protestar contra a anistia para os presos do 8 de Janeiro.
Na última semana, enquanto a cidade acordava para mais um dia de trabalho, muitos cidadãos foram impedidos de exercer seu direito básico de ir e vir. No entanto, entre as lideranças políticas do estado, Cassy Monteiro, 1ª suplente de vereador, foi a única a se manifestar sobre o caso.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Cassy Monteiro criticou a paralisação das rodovias e a invasão do INCRA, chamando atenção para o impacto dessas ações na vida da população. “A luta por direitos não pode se transformar em um ataque aos direitos dos outros. Impedir o cidadão de trabalhar e ocupar prédios públicos à força não é solução, é oportunismo”, afirmou.
O protesto ocorre às vésperas do chamado “Abril Vermelho”, período conhecido por mobilizações agressivas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e de outros grupos. A estratégia já é velha conhecida: primeiro ocupam, depois negociam e, por fim, buscam legitimar invasões como instrumento de “justiça social”.
A população tem motivos para se preocupar. Essa não é a primeira vez que o INCRA é tomado em MS, e tampouco é a primeira vez que rodovias são bloqueadas. Em 2023, algo semelhante aconteceu, em 2024, ocuparam o INCRA mais de uma vez, e agora, em 2025 o ciclo se repete. A pergunta que fica é: até quando o governo vai permitir que esses movimentos imponham sua agenda à força?
Enquanto isso, a manifestação de Cassy Monteiro expôs uma realidade incômoda: o silêncio das demais lideranças políticas e o uso da situação por políticos de esquerda. Afinal, os movimentos são ligados a esses políticos, eles geram o problema e depois aparecem com a solução para os problemas que eles mesmos criaram.
Por que tão poucos ousam questionar a coerência dessas ocupações? Será que realmente se trata de luta por terra, ou há algo mais em jogo?
O que se sabe é que, no final das contas, quem paga o preço desse teatro político são os cidadãos comuns, que precisam enfrentar bloqueios, paralisações e um Estado cada vez mais refém de grupos organizados.
Veja o vídeo: