Mais de 48 mil detentos foram liberados temporariamente, mas 4,3% não voltaram às prisões.
Em 2024, mais de 48 mil presos em 14 estados e no Distrito Federal foram liberados para a saidinha de Natal. Contudo, 2.073 detentos não retornaram às unidades prisionais após o término do benefício, o que representa uma taxa de não retorno de 4,3%. Os estados de São Paulo, Pará e Rio de Janeiro foram os que registraram os maiores índices de foragidos.
O Pará destacou-se com uma taxa alarmante de 11,1% de presos que não retornaram. Esse número levanta questões sobre a fiscalização e o controle do sistema penitenciário, especialmente em períodos de liberação temporária. O número total de foragidos e o impacto na segurança pública ainda são temas que merecem debate mais aprofundado.
Embora os números mostrem uma falha no sistema de vigilância, as autoridades argumentam que as saidinhas são uma prática comum durante as festas de fim de ano. Porém, o risco de não retorno de presos coloca em xeque a confiança na segurança pública e na gestão do sistema penitenciário brasileiro. A discussão sobre alternativas para o controle desses benefícios ainda está em aberto.