Mudança geraria impactos para o consumidor e na indústria alimentícia, mas enfrentou resistência de diversos setores

O governo federal vinha estudando a possibilidade de alterar as regras de prazos de validade de alimentos no Brasil. A proposta visava flexibilizar a regulamentação, argumentando que a medida poderia reduzir o desperdício de alimentos e trazer benefícios econômicos tanto para a indústria quanto para o consumidor final. No entanto, a ideia encontrou forte oposição de especialistas em saúde pública, consumidores e até mesmo de parlamentares, que apontaram riscos à segurança alimentar.
Após a repercussão negativa, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu recuar, afirmando que, no momento, não implementará mudanças nos prazos de validade. Segundo o governo, o objetivo era apenas abrir um debate para modernizar as normas, mas ficou evidente que o tema exige mais diálogo e estudo técnico para evitar prejuízos à saúde da população.
O setor produtivo e entidades de defesa do consumidor comemoraram o recuo, considerando a decisão uma vitória para a segurança alimentar e a proteção ao consumidor. Apesar disso, o governo reiterou a necessidade de continuar discutindo formas de combater o desperdício de alimentos, sem comprometer os direitos básicos da população.