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Governo Lula bate recorde: desperdício de vacinas e medicamentos 3 vezes superior

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A gestão petista do governo Lula bateu recorde em desperdício de medicamentos e vacinas, atingindo um valor três vezes superior ao governo anterior. Em 2023, o total de produtos descartados chegou a impressionantes R$ 1,3 bilhão, o maior da história. Em 2024, o número caiu para R$ 625,6 milhões, mas ainda superou os descartes feitos durante o governo Bolsonaro, que totalizavam R$ 604,5 milhões.

A justificativa apresentada pelo Ministério da Saúde para esse desperdício foi a pandemia de Covid-19 e os estoques herdados da gestão anterior. No entanto, é difícil não enxergar essa explicação como um alívio para uma situação que, em última análise, revela sérias falhas na gestão de recursos e na manutenção de estoques adequados. Entre 2015 e 2024, mais de R$ 2,7 bilhões em medicamentos e vacinas foram descartados, sendo as vacinas contra a Covid-19 as principais responsáveis pelo montante de desperdício, com R$ 1,8 bilhão.

A situação se agravou quando o Ministério da Saúde incinerou, em novembro de 2023, 10,9 milhões de vacinas vencidas, com outros 12 milhões de doses fora da validade também descartadas. Mesmo assim, o governo destacou que conseguiu salvar 12,3 milhões de doses herdadas da gestão anterior, que foram enviadas para doações internacionais e parcerias com estados e municípios, resultando em uma economia de quase R$ 252 milhões. Embora o governo se defenda afirmando que essas vacinas são um reflexo do legado da gestão anterior e da desinformação sobre o tema, o fato é que esse desperdício evidencia um problema crônico na gestão pública, que ainda não conseguiu resolver adequadamente a questão da distribuição e validade das vacinas e medicamentos.

A crítica recai sobre a incapacidade de planejar e administrar eficazmente os recursos, levando a perdas que poderiam ter sido evitadas com uma coordenação mais eficiente. A preocupação é grande, pois esse tipo de falha não apenas compromete a saúde pública, mas também afeta negativamente a confiança da população no sistema de saúde, que já enfrenta desafios significativos. A insustentabilidade dessa prática, especialmente em um país com enormes desigualdades sociais e problemas de infraestrutura, é um reflexo de uma gestão pública que ainda carece de maior eficiência.