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Eduardo: Motta mudou posição sobre anistia após jantar com Moraes

Deputado federal licenciado alega que presidente da Câmara sofreu pressão durante encontro

Eduardo Bolsonaro Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Eduardo Bolsonaro Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (4) que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alterou seu posicionamento sobre a anistia aos detidos pelos eventos de 8 de janeiro após suposta pressão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A acusação foi feita durante entrevista concedida à rádio Auri Verde Brasil.

“Hugo Motta está sendo ameaçado. Ele vai negar isso publicamente, claro (…). Antes da conversa com Moraes, ele era a favor da anistia, mas, depois do jantar com Alexandre de Moraes, ele mudou drasticamente”, declarou o filho do ex-presidente.

O encontro mencionado por Eduardo ocorreu em 18 de março, quando o ministro do STF recebeu autoridades dos Três Poderes em seu apartamento funcional em Brasília para um jantar.

Na entrevista, o deputado licenciado ressaltou o que considera uma mudança radical no discurso do presidente da Câmara sobre o tema da anistia, pauta considerada prioritária por parlamentares da direita.

“Ele [Motta] tem falado basicamente igual a um esquerdista do PSOL, falando que é contra a anistia, [a favor da] democracia e aquelas coisas todas que estamos acostumados a ouvir da boca de Lula e de outros puxadinhos do PT”, criticou.

Diante das dificuldades em avançar com a proposta de anistia na Câmara, Eduardo Bolsonaro mencionou a importância de mobilizações populares. Para domingo (6), está prevista uma manifestação na Avenida Paulista, às 14h, em apoio à anistia para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro.

Até o fechamento desta reportagem, nem Hugo Motta nem o gabinete do ministro Alexandre de Moraes haviam se pronunciado sobre as acusações.