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Atleta trans (biologicamente homem) corre sozinho após abandono de competidoras

Sadie Schreiner Foto: Instagram @sadie_schreiner
Sadie Schreiner Foto: Instagram @sadie_schreiner

No último sábado (1º), uma situação inusitada marcou o Campeonato Aberto de Atletismo dos Estados Unidos (USATF), realizado em Nova Iorque. As atletas inscritas na prova feminina dos 400 metros decidiram desistir da competição, deixando apenas a atleta trans Sadie Schreiner na disputa.

Duas das competidoras que optaram por não participar foram Anna Vidolova, de 17 anos, e Amaris Hiatt, de 16. A decisão ocorreu após Schreiner, de 21 anos, já ter vencido a prova dos 200 metros rasos, superando quatro mulheres biológicas com idades entre 14 e 18 anos. A ausência das demais atletas na prova dos 400 metros evidenciou o desconforto com a situação e reacendeu o debate sobre a participação de atletas trans em competições femininas.

Atualmente, o USATF permite a participação de atletas trans em categorias femininas, desde que atendam a determinados critérios médicos. No entanto, há um controle rigoroso sobre a elegibilidade desses competidores para conquistar medalhas ou prêmios em dinheiro.

Segundo informações divulgadas pela Fox News, Schreiner já havia competido anteriormente pela equipe feminina de atletismo do Instituto de Tecnologia de Rochester (RIT), onde ganhou notoriedade ao se destacar entre as adversárias do sexo feminino. No entanto, após a revisão das diretrizes de elegibilidade da NCAA em 6 de fevereiro, a atleta foi considerada inelegível para continuar competindo pelo RIT. Ainda assim, encontrou uma brecha para disputar a corrida organizada pelo USATF, onde acabou competindo sozinha após a desistência das demais concorrentes.

A situação gerou grande repercussão e reacendeu o debate sobre equidade no esporte feminino, uma pauta que tem ganhado cada vez mais força nos últimos anos diante das mudanças nas regulamentações esportivas.