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Rubens Barbosa critica acompanhamento de eleições na Venezuela pelo Governo Lula

Ex-embaixador alerta para desafios da política externa brasileira

Nicolás Maduro Foto: Ricardo Stuckert/PR
Nicolás Maduro Foto: Ricardo Stuckert/PR

O ex-embaixador Rubens Barbosa manifestou críticas em relação à decisão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva de enviar Celso Amorim, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, para monitorar as eleições na Venezuela. Para Barbosa, essa escolha coloca o governo brasileiro em uma posição complicada.

Em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (29), Barbosa avaliou que o acompanhamento das eleições pelo governo brasileiro, especialmente com Amorim presente, representa um teste crucial para a política externa do atual governo petista. Segundo ele, a postura do Brasil em relação à vitória do ditador Nicolás Maduro será decisiva. Até o momento, o governo não reconheceu oficialmente a vitória de Maduro e afirmou que a transparência dos dados eleitorais é essencial para validar o processo.

Barbosa destacou que a presença de Amorim na Venezuela pode ser vista como um erro estratégico, considerando que ele está envolvido em contatos tanto com o governo quanto com a oposição local. O ex-embaixador acredita que Lula enfrentará pressões para se manifestar sobre a situação, o que poderá complicar ainda mais a posição do Itamaraty.

O ex-embaixador enfatizou que a vitória de Maduro já era esperada. Para Barbosa, em regimes autoritários, eleições são projetadas para garantir a continuidade do poder, e não para resultarem em derrotas. “Não há registro de casos em que líderes autoritários promovam eleições para perder. Acreditar em resultados diferentes é ilusão”, concluiu.

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