Mídia estatal distorce fatos e omite informações para seguir linha petista

A Agência Brasil, integrante da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), demonstra um alinhamento preciso com a retórica do governo Lula (PT) e suas controversas inversões históricas. Recentemente, em 19 de junho, o portal publicou uma reportagem intitulada “Conheça o programa secreto de Israel que pode ter 90 bombas atômicas”, a qual, segundo críticos, desconsiderou fatos essenciais.
Na referida matéria da agência estatal, é afirmado que “a pressão exercida pelas potências ocidentais contra o programa nuclear do Irã contrasta com a ausência de cobrança em relação ao programa nuclear de Israel”.
Contudo, a publicação da mídia alinhada ao governo petista convenientemente ignora que um dos objetivos declarados do regime iraniano dos aiatolás é a aniquilação do Estado de Israel. Diante dessa ameaça existencial, a postura de Israel em exercer o direito de autodefesa, incluindo ataques preventivos a alvos militares iranianos para conter o desenvolvimento de armamento de destruição em massa que seria usado contra seu território e população, torna-se uma medida compreensível e necessária.
Em outra reportagem, “Entenda as origens do conflito entre Israel e Irã”, a Agência Brasil descreve o Irã como o país que “comanda há décadas o eixo de resistência islâmica a Israel”.
“– O eixo de resistência é exatamente esse conjunto de forças islâmicas aliadas, lideradas por Teerã, que inclui, o Hamas, o Hezbollah, os houthis no Iêmen, milícias iraquianas e incluía o antigo governo sírio de Bashar al-Assad”, detalha Ronaldo Carmona, apresentado como professor de Geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG).
As narrativas construídas pela agência estatal parecem ter o propósito de equiparar o regime ditatorial dos aiatolás a Israel, a única democracia consolidada no Oriente Médio.
As profundas diferenças entre Israel e o regime teocrático do Irã podem ser claramente percebidas em eventos recentes. Enquanto as Forças de Defesa de Israel atuam para neutralizar a capacidade atômica e o potencial destrutivo de grupos ligados ao Irã, estes mesmos grupos atacavam um hospital em território israelense. Sobre este último fato, a mídia cooptada pelo governo Lula e seus apoiadores optou pelo silêncio.