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PSOL propõe feriadão contra escala 6×1 e tenta emplacar nova jornada de trabalho

Deputada Erika Hilton Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Deputada Erika Hilton Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O PSOL voltou a defender mudanças na jornada de trabalho no Brasil e, desta vez, incentivou os trabalhadores a aderirem a um feriadão prolongado como forma de protesto contra a escala 6×1 (seis dias de trabalho para um de folga). O ato foi proposto pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ), no mesmo dia em que a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) apresentou na Câmara dos Deputados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar esse regime. A ideia do parlamentar é que, após o feriado de 1º de maio, os trabalhadores não retornem ao trabalho no dia seguinte, como forma de pressão.

A proposta defendida pelo PSOL visa acabar com a jornada 6×1 e adotar a escala 4×3 (quatro dias de trabalho e três de folga), um modelo que já foi testado em algumas empresas e países. No entanto, ciente da inviabilidade de aprovação dessa proposta no atual cenário econômico, a deputada Erika Hilton admite que o objetivo real é abrir uma negociação para estabelecer um meio-termo, com a escala 5×2 (cinco dias de trabalho e dois de folga).

A mobilização, no entanto, levanta questionamentos sobre sua viabilidade e impacto econômico. O setor produtivo, que já lida com desafios relacionados à carga tributária e à burocracia estatal, vê com preocupação propostas que podem comprometer a competitividade e a geração de empregos. Além disso, a adesão ao chamado “feriadão prolongado” pode afetar diretamente a rotina das empresas e prejudicar a economia, em um momento em que o Brasil ainda enfrenta desafios para recuperar o crescimento sustentável.