Em pronunciamento contundente direcionado aos brasileiros, o pastor Silas Malafaia fez graves acusações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, apontando o que considera ser uma manobra política para impedir o avanço do projeto de anistia aos manifestantes do 8 de janeiro.
Na declaração, Malafaia desmente o argumento usado por Mota de que a urgência do projeto de anistia poderia “tensionar os poderes da República”. Segundo o líder evangélico, esta justificativa não procede, pois “o projeto da anistia pertence ao Congresso Nacional, não pertence ao STF nem a Lula e seu governo”.
A principal denúncia, classificada pelo pastor como “gravíssima”, refere-se à recente decisão de Mota de pautar com urgência quatro projetos de interesse do Judiciário, supostamente sem seguir os trâmites regimentais necessários. “Hugo Mota acaba de pautar a urgência de quatro projetos do Judiciário sem a assinatura dos líderes e que não tinha pedido de urgência, não passou pelas comissões”, afirmou.
Para comprovar sua acusação, Malafaia citou especificamente os projetos: PL 7609/2024, PL 4303/2024, e dois outros projetos (PL/2025 e PL 2/2025). O pastor enfatizou que não se opõe aos projetos em si, mas ao que classificou como “jogo sujo, vergonhoso e injusto” na condução do processo legislativo.
Malafaia também sugeriu motivações pessoais por trás das decisões de Mota: “Ele está a serviço de Alexandre de Moraes e de Lula, que são contra a anistia. E também está pautando os projetos do Judiciário porque tem investigação da Polícia Federal contra ele e o pai dele. Ele quer se proteger”.
Em tom de mobilização, o líder religioso convocou os brasileiros a enviarem e-mails aos deputados em apoio à anistia, destacando que com 257 assinaturas de parlamentares, o presidente da Casa seria obrigado a pautar a urgência do projeto. Malafaia prometeu tornar público quais deputados apoiam ou se opõem à iniciativa.
Ao final de seu pronunciamento, o pastor criticou o tratamento dado aos manifestantes presos, caracterizando-os como “patriotas idosos, avós, mulheres novas, homens novos, trabalhadores, mães de família”, com “penas altíssimas de uma farsa de golpe que não passou de uma baderna”.
Dirigindo-se aos eleitores paraibanos, estado de origem de Hugo Mota, Malafaia sugeriu que darão uma “resposta” ao presidente da Câmara nas eleições de 2026, concluindo sua mensagem com um apelo: “Que vergonha nós estamos assistindo, não é possível. Deus tenha misericórdia do Brasil”.