TRE-GO reconhece que suposto abuso de poder político não interferiu no resultado das eleições municipais, mantendo viva a chance de Caiado ser o nome da direita em 2026
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) reverteu ontem (8/4) a sentença de primeira instância que havia tornado o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos. A decisão unânime dos sete desembargadores acolheu o recurso apresentado pela defesa do governador, permitindo que ele mantenha seus direitos políticos e a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2026, pleito no qual já se coloca como potencial representante da direita brasileira.
Após o veredito favorável, Caiado emitiu um comunicado afirmando que recebeu o resultado com “respeito e tranquilidade”, reforçando seu compromisso com a legalidade. “Minha trajetória é de absoluto respeito às leis do nosso país e seguirei sempre neste caminho”, declarou o governador, que oficializou sua pré-candidatura na última sexta-feira (4/4) e desponta como uma das principais alternativas do campo conservador para a disputa presidencial.
A acusação inicial que levou à condenação alegava que Caiado teria praticado abuso de poder político ao utilizar o Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, para encontros políticos em benefício da candidatura de Sandro Mabel (União Brasil) à prefeitura de Goiânia. Segundo o processo, o governador realizou jantares oficiais com vereadores, suplentes e líderes políticos para pedir apoio a Mabel, que acabou vencendo as eleições municipais de 2024.
A mesma decisão que havia condenado Caiado também determinou a cassação do mandato de Mabel. No entanto, ao analisar o recurso, os desembargadores do TRE-GO concluíram que os eventos não tiveram influência determinante sobre o resultado das urnas. Até mesmo o Ministério Público Eleitoral (MPE) manifestou-se favorável à anulação da condenação.
Apesar da vitória jurídica do governador, que mantém viva sua candidatura como um dos principais nomes da direita para 2026, o caso ainda pode ser encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que terá a palavra final sobre a elegibilidade de Caiado. Vale ressaltar que a ação foi movida pela coligação de Fred Rodrigues (PL), candidato derrotado no segundo turno da disputa pela prefeitura de Goiânia.
