
Em mais uma demonstração clara do ativismo judicial, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete de seus aliados, seguindo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão, amplamente antecipada, reflete a previsibilidade dos julgamentos envolvendo parlamentares e figuras da direita no atual contexto político, onde a imparcialidade parece ser constantemente ofuscada por uma agenda ideológica.
O julgamento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, foi marcado pela repetição de um roteiro que tem se mostrado recorrente em processos envolvendo membros da direita: uma denúncia detalhada, vídeos editados e a rápida aceitação de acusações, sem surpresa para quem acompanha o ativismo institucional em curso. O foco da acusação gira em torno de uma suposta trama golpista, com o STF tratando de casos como o de 8 de janeiro, onde a narrativa de um “golpe de Estado” é constantemente reforçada.
Moraes, em seu voto, se limitou a apresentar um enredo já amplamente explorado em julgamentos anteriores, destacando a “tentativa de golpe de Estado” e o suposto envolvimento de Bolsonaro e seus aliados na manipulação de forças de segurança e militares. Contudo, o contexto e a forma como a acusação foi montada deixam claro que o julgamento foi, mais uma vez, uma ação predeterminada, com todas as peças sendo jogadas de forma a atender a uma narrativa politicamente conveniente para o ativismo judicial.
O processo segue com a abertura de uma fase de instrução, mas o destino dos réus parece já selado, dado o histórico de decisões contrárias a membros da direita no STF. Essa sequência de julgamentos altamente previsíveis revela um cenário onde a imparcialidade e a justiça se tornam cada vez mais subjugadas ao ativismo político de certos ministros, que parecem mais interessados em punir adversários ideológicos do que garantir a verdadeira equidade no processo.
Em um contexto onde as decisões da Corte têm se mostrado cada vez mais alinhadas com um projeto político de esquerda, o julgamento de Bolsonaro e seus aliados é apenas mais um episódio de um teatro de cartas marcadas, onde a imparcialidade e o devido processo parecem ser tratados com desdém.