
A vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), fez declarações contundentes sobre o cenário político nacional e a estratégia da direita para as próximas eleições ao Senado Federal. Em pronunciamento, Gianni ressaltou o que considera um momento crucial para o país, destacando a transferência de capital político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Quando você tem Senado rendido, nós temos o espaço onde os poderes começam a usurpar suas funções. Por isso esse momento para o Brasil é único”, afirmou a vice-prefeita, referindo-se à disputa por duas cadeiras ao Senado nas próximas eleições.
Segundo Gianni, o ex-presidente Bolsonaro, a quem se referiu como “líder maior da direita”, tem trabalhado na construção de candidaturas em diversos estados. “Ele tem hoje nas mãos essa condição de escolher a dedo nos estados e está fazendo isso, construindo nomes que sejam de total confiança dele”, declarou.
A vice-prefeita fez questão de diferenciar o processo atual da eleição de 2018, que, segundo ela, permitiu a eleição de “caroneiros” que posteriormente se afastaram do alinhamento com Bolsonaro. “Ele não vai escolher pessoas que chegaram e falam ‘olha, faz um ano que estou erguendo bandeirinha verde e amarela, sou raiz’. Ele vai fazer uma avaliação pormenorizada, criteriosa, justamente para que essa transferência aconteça”, explicou.
Gianni também comentou sobre os desafios políticos para 2027, afirmando que Bolsonaro tem focado na formação de maioria no Senado. “A frase dele tem sido ‘me dê 50% da Câmara, me dê 50% do Senado porque eu vou transformar a nação'”, relatou.
Na parte final do corte que postou em suas redes, a vice-prefeita criticou o governo federal atual, mencionando o que considera “políticas falhas” que estariam afetando a economia. “Nós temos hoje o poder de compra sendo diminuído. As pessoas vão ao mercado e sabem o poder de compra diminuindo. Têm dificuldade de comprar até o cafezinho”, afirmou.
Gianni encerrou sua fala mencionando o aumento do preço da carne e fazendo referência indireta à campanha eleitoral do presidente Lula. “As pessoas que recebem salário mínimo, que são a grande maioria da população brasileira, mal estão conseguindo comer carne. O ovo… A carne aumentou absurdamente. O Lula veio com a promessa ‘ah, você vai comer picanha’, ele veio falar com sentimento, isso é muito triste”, concluiu.