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Adriane Lopes conquista posição de destaque na Frente Nacional de Prefeitos como única prefeita de capital na diretoria

Foto: Divulgação/FNP
Foto: Divulgação/FNP

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, alcançou significativa projeção nacional ao ser escolhida unanimemente para o cargo de 3ª vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP), durante a 87ª Reunião Geral realizada em Brasília nesta segunda-feira (7). Tal nomeação ressalta não apenas a relevância da capital sul-mato-grossense nos debates nacionais, como também consolida a participação feminina na governança municipal brasileira.

No seleto grupo de prefeitos que comandam capitais brasileiras, apenas duas mulheres figuram atualmente: Adriane Lopes (Campo Grande) e Emília Corrêa (Aracaju). Com sua reeleição para o mandato 2025-2028, Adriane assume agora uma posição estratégica na FNP, entidade que representa municípios responsáveis por mais de 70% do Produto Interno Bruto do país.

“Quando as mulheres ocupam cargos e conquistam espaços de poder, influenciam outras a também quererem estar ali. A presença feminina na gestão pública não é temporária; estamos exercendo um direito de forma permanente. Campo Grande terá voz nas principais decisões que afetam diretamente a vida das pessoas”, declarou Adriane Lopes após o resultado da eleição.

A composição da nova diretoria da FNP terá Eduardo Paes (Rio de Janeiro) como presidente, Sebastião Melo (Porto Alegre) ocupando a 1ª vice-presidência, Ricardo Nunes (São Paulo) na 2ª vice-presidência, e Adriane completando o quadro executivo na 3ª vice-presidência nacional.

Preocupação com os impactos da Reforma Tributária

Durante as atividades iniciais da 87ª Reunião Geral da FNP, a prefeita campo-grandense manifestou preocupação sobre a necessidade de maior assistência técnica aos municípios frente às transformações decorrentes da Reforma Tributária. Em sua avaliação, serão os gestores municipais os principais encarregados de implementar as modificações no dia a dia das cidades.

“Campo Grande será diretamente impactada, já que boa parte da arrecadação vem do setor de serviços. Ainda há pouca compreensão da população sobre essa transição. Por isso, precisamos de apoio técnico para lidar com os efeitos da reforma nos municípios de todos os portes”, enfatizou em sua fala.

O encontro abordou, além da Reforma Tributária, questões relacionadas às dificuldades orçamentárias enfrentadas pelas administrações municipais e a função dos municípios no novo modelo de governança tributária. As atividades do evento se encerram nesta terça-feira (8), na capital federal.

Administração municipal com presença feminina expressiva

A gestão liderada por Adriane Lopes em Campo Grande tem se notabilizado pela marcante presença de mulheres em funções estratégicas. Na atualidade, aproximadamente 50% dos cargos mais relevantes da Prefeitura Municipal são ocupados por profissionais do sexo feminino, algo sem precedentes na história de Mato Grosso do Sul.

Entre as gestoras que integram o primeiro escalão da administração municipal estão nomes como Cecília Saad Rizkallah (Procuradoria Geral do Município), Thelma Mendes (Casa Civil), Márcia Hokama (Fazenda), Andréa Rocha (Administração e Inovação), Catiana Sabadin (Planejamento e Parcerias Estratégicas), Rosana Leite (Saúde), Camilla Nascimento (Assistência Social e vice-prefeita), Angélica Fontanari (Executiva da Mulher), Berenice Jacob Domingues (Meio Ambiente e Planejamento Urbano) e Adir Diniz (Fundo de Apoio às Comunidades).

Compromisso com a equidade reforçado em congresso

Em junho deste ano, Adriane também atuou como anfitriã do 2º Congresso Nacional e Estadual Mulheres pela Paridade (COMPAR), sediado em Campo Grande. Com a temática “Igualdade, Paridade e Democracia”, o evento congregou especialistas para discutir o fortalecimento da representatividade feminina na política e na sociedade brasileira.

A recente eleição da prefeita para compor a diretoria da FNP confirma o protagonismo de Campo Grande como referência no cenário nacional quanto à luta pela igualdade de gênero e pela implementação de políticas públicas mais representativas da diversidade social brasileira.