Pesquisar

Assessor de Erika Hilton foi alvo da PF por pichar prédio do MEC

Samuel Santos fez acordo com MPF para evitar ação penal pelo crime de vandalismo

Erika Hilton mantém funcionário que pichou prédio do MEC Fotos: Divulgação/PMDF // Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Erika Hilton mantém funcionário que pichou prédio do MEC Fotos: Divulgação/PMDF // Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) mantém em seu gabinete, desde outubro de 2023, um assessor que foi alvo da Polícia Federal por vandalizar o prédio do Ministério da Educação em Brasília durante o governo Bolsonaro. Samuel Santos ocupa cargo de secretário parlamentar e recebe salário de R$ 3.125,11, além de auxílio de R$ 1.784,42.

Em 8 de dezembro de 2022, Samuel foi flagrado pela Polícia Militar do Distrito Federal pichando a parede lateral do MEC com frases como “bozo na prisão” e “bolsa na mão”. Durante a abordagem, os agentes encontraram três latas de spray em sua mochila. Após ser detido, foi conduzido à Superintendência da PF para lavratura de termo circunstanciado.

Danos ao patrimônio público custaram mais de mil reais

Laudo pericial da Polícia Federal estimou em R$ 1.123,20 o custo necessário para recuperação do patrimônio público danificado. Entretanto, esse valor não chegou a ser ressarcido pelos responsáveis pelo ato de vandalismo contra a sede ministerial.

O Ministério Público Federal posteriormente propôs acordo que previa pagamento de apenas R$ 300 a entidade assistencial para evitar abertura de ação penal. A medida alternativa foi cumprida por Samuel, encerrando judicialmente o caso.

Protesto ocorreu durante gestão Bolsonaro no MEC

O episódio aconteceu durante manifestação contra cortes orçamentários nas áreas de Educação e Cultura, período em que o MEC acumulava responsabilidades sobre ambos os setores na gestão Bolsonaro. A PMDF informou na ocasião que Samuel foi autuado por crime ambiental.

Durante o protesto, a corporação cercou manifestantes para impedir aproximação ao prédio governamental. O vandalismo representa exemplo da radicalização política que marcou aquele período de transição entre governos.

Deputada não se manifesta sobre contratação polêmica

Segundo informações do site Metrópoles, que primeiro noticiou o ocorrido, a deputada Erika Hilton não se pronunciou sobre a contratação de Samuel para integrar sua equipe parlamentar. A defesa do secretário parlamentar também não foi localizada para esclarecimentos.

A manutenção do funcionário no gabinete levanta questionamentos sobre critérios adotados pela parlamentar do PSOL para seleção de assessores, especialmente considerando antecedentes criminais envolvendo vandalismo contra patrimônio público federal.