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6 bilhões era a ponta do iceberg: Escândalo do INSS chega a mais de R$ 90 bilhões em empréstimos fraudulentos só no governo Lula em 2023

O que parecia ser um rombo de R$ 6 bilhões revela-se apenas a ponta do iceberg em megaesquema que sangra aposentados

Reprodução/Youtube @Lula
Reprodução/Youtube @Lula

A Polícia Federal desvendou um esquema bilionário que pode se tornar o maior escândalo financeiro da atual gestão federal. Em 2023, primeiro ano do governo Lula, o volume de empréstimos consignados no INSS atingiu a astronômica cifra de R$ 89,5 bilhões, com milhares desses contratos sendo realizados de forma fraudulenta, sem conhecimento ou autorização dos beneficiários. O que antes parecia um rombo de R$ 6,3 bilhões nas contas públicas agora se revela apenas a ponta do iceberg de uma fraude sistêmica que expõe a fragilidade dos controles internos da máquina petista.

Dados revelados em auditoria do Tribunal de Contas da União mostram que somente em 2023, enquanto o governo federal proclamava transparência e rigor administrativo, 35 mil aposentados e pensionistas registraram formalmente terem sido vítimas de empréstimos consignados que nunca solicitaram. “Caiu dinheiro na minha conta que eu não solicitei e eu não quero esse dinheiro. Jogaram empréstimo e estão descontando na minha conta valores por empréstimo que eu não pedi”, relataram as vítimas aos canais oficiais.

Bomba ao vivo: Revelação em tempo real abala Brasília

A gravidade do escândalo ganhou novos contornos hoje mesmo, quando a jornalista Daniela Lima, da GloboNews, revelou ao vivo detalhes bombásticos sobre a investigação. Em sua intervenção, a jornalista detalhou o alcance da fraude, deixando evidente que o esquema é muito mais profundo do que o governo tem admitido publicamente.

“Agora as investigações avançam para outro tronco que mobiliza valores muito maiores, é o tronco dos empréstimos consignados”, alertou Daniela Lima em transmissão nacional. Segundo ela, o volume movimentado em 2023 com empréstimos consignados dentro do INSS chegou a “90 bilhões de reais”, enquanto “o escândalo atual trata de 6 bilhões.”

A engrenagem da fraude: de onde vem o vazamento?

O escândalo que derrubou o presidente do INSS e o ministro da Previdência revela falhas graves de gestão nos principais órgãos previdenciários do país. As investigações apontam para uma possível participação da Dataprev, empresa estatal responsável pela guarda e gestão da base de dados da Previdência Social. A estatal, que processa a folha de pagamento do INSS e gerencia os dados biométricos de todos os aposentados e pensionistas, teria negligenciado sistemas de segurança básicos.

“Isso vai longe, muito longe, tem gente de dentro do INSS, servidor de carreira, que foi migrando inclusive para órgãos como a Dataprev e que hoje estão ali sob escrutínio”, revelou a jornalista durante o programa ao vivo. “Houve vazamento mesmo deliberado de dados.”

O mais alarmante é que o governo federal foi alertado repetidamente e não tomou providências. O TCU já havia indicado que as medidas de segurança eram “insuficientes”, mas o INSS, sob gestão petista, limitou-se a afirmar que os empréstimos “agora só são liberados mediante biometria” – uma barreira que, como comprovou a investigação, não impediu as fraudes, mas pelo contrário, pode ter facilitado o esquema.

A farsa da biometria e o colapso do controle

Uma das descobertas mais preocupantes da operação policial foi que o sistema de biometria, apresentado como solução infalível pelo governo Lula, não apenas falhou em conter as fraudes como pode ter sido usado para ampliá-las. “O que os investigadores descobriram é que a biometria não freou as fraudes, ao contrário”, destacou Daniela Lima em sua análise ao vivo.

O escândalo expõe o sistemático desmonte dos mecanismos de controle nas autarquias federais, uma marca registrada das administrações petistas. Mesmo com 35 mil denúncias formais em apenas um ano, nenhuma medida efetiva foi tomada para interromper o fluxo bilionário de recursos ilegais até que a Polícia Federal interviesse.

As vítimas: aposentados como alvo fácil

O perfil das vítimas revela a crueldade do esquema: idosos e pensionistas, muitos com baixa familiaridade tecnológica, viram suas aposentadorias minguarem com parcelas de empréstimos que nunca solicitaram. Sem compreender como o dinheiro apareceu em suas contas, muitos gastaram os valores depositados e agora enfrentam descontos mensais que comprometem sua subsistência.

A primeira fase da operação já havia identificado 4 milhões de aposentados e pensionistas afetados por descontos ilegais entre 2019 e 2024. Com a nova descoberta envolvendo os consignados fraudulentos, esse número pode crescer exponencialmente, alcançando um contingente ainda maior de brasileiros vulneráveis.

Cabeças rolam, mas responsabilidades permanecem

A crise no INSS provocou um terremoto no alto escalão do governo petista. O presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, foi demitido após se tornar alvo direto da Polícia Federal. Na sequência, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, entregou o cargo, tentando se desvincular do escândalo: “Tomo essa decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações.”

Enquanto pessoas são trocadas, o presidente Lula tenta minimizar o estrago político prometendo “agilidade” no ressarcimento das vítimas. O novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, já anunciou que apresentará um plano para devolução dos valores, mas especialistas questionam como será possível rastrear e recuperar dezenas de bilhões já distribuídos em um esquema de tamanha complexidade.

O alcance das investigações

O buraco nas contas pode ser ainda maior. Quando a operação da PF iniciou, o valor estimado era de R$ 6,3 bilhões em fraudes. Agora, com a revelação dos R$ 90 bilhões em movimentação de consignados só em 2023, surge o questionamento: quanto desse montante foi obtido de forma fraudulenta?

A Polícia Federal investiga 11 associações e entidades supostamente envolvidas no esquema, mas o alcance pode ser muito maior quando se considera a possível participação de instituições bancárias no processo. “E quando a gente está falando de empréstimo consignado a gente está falando também de instituição bancária, o buraco vai ficar muito mais embaixo”, alertou Daniela Lima em sua análise na GloboNews.

O gigantesco volume financeiro movimentado e a complexidade da operação sugerem a existência de uma rede organizada, possivelmente com ramificações em diversos órgãos públicos e privados. Enquanto isso, milhões de aposentados continuam tendo seus parcos benefícios dilapidados por um sistema que deveria protegê-los.

Assista ao vídeo: