
O vereador André Salineiro (PL) denunciou duramente o pedido da concessionária Águas Guariroba para elevar a taxa de esgoto em Campo Grande de 70% para 75% do valor da conta de água. O parlamentar classificou a solicitação como “uma verdadeira piada” e um ataque direto ao bolso da população. Segundo ele, a taxa já está entre as mais altas do país e qualquer novo reajuste seria um abuso inaceitável contra os moradores da capital sul-mato-grossense.
Durante seu pronunciamento na Câmara Municipal, Salineiro expôs a contradição da justificativa apresentada pela concessionária. A empresa alega que 90% da cidade conta com saneamento básico, o que, segundo o vereador, não condiz com a realidade. “É mentira! Nós, vereadores, recebemos em nossos gabinetes cidadãos reclamando que na frente da casa deles tem fossa transbordando e que não aguentam mais pagar mil reais toda vez que precisam abrir uma nova fossa. E não tem mais como abrir”, afirmou.
O vereador ressaltou que o serviço prestado pela Águas Guariroba está longe de ser satisfatório e que, antes de qualquer aumento, a empresa deveria garantir um atendimento eficiente para toda a população. Ele enfatizou que, caso a concessionária insista no aumento, ele e sua equipe irão percorrer os bairros da cidade para registrar as reais condições do saneamento básico. “Se a Águas insistir nisso, nós iremos em todos os bairros de Campo Grande levantar os principais pontos e ela vai se dar mal, porque vai provar que essa percentagem que eles alegam é ilusória”, alertou.
Além de questionar a qualidade dos serviços oferecidos, Salineiro fez um apelo direto à Prefeitura de Campo Grande e à AGEREG – Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande para que rejeitem a proposta da concessionária. “Fica aqui o pedido para que a Prefeitura de Campo Grande, principalmente a AGEREG, não dê andamento nesse pedido vergonhoso da Águas Guariroba”, declarou o vereador.
A proposta de reajuste na taxa de esgoto gerou indignação entre os moradores de Campo Grande, que já enfrentam dificuldades com o alto custo dos serviços públicos. Muitos alegam que pagam por um serviço que não atende suas necessidades, sendo obrigados a conviver com fossas sanitárias e infraestrutura precária.
O caso continua em análise pela AGEREG, e a pressão popular pode ser um fator decisivo para barrar o aumento abusivo. André Salineiro reforça que a população deve se mobilizar contra esse reajuste e cobrar das autoridades uma postura firme em defesa dos consumidores. “Precisamos lutar para que essa taxa abaixe, e não aumente”, concluiu.