Federação União Progressista cobra renúncia imediata de ministros e cargos federais

A Federação União Progressista, formada pelo União Brasil e Progressistas (PP), anunciou nesta terça-feira (2) ruptura definitiva com o governo petista. A decisão exige renúncia imediata de todos os detentores de mandatos em funções federais, sob pena de afastamento e sanções estatutárias.
“Informamos a todos os detentores de mandato que devem renunciar a qualquer função que ocupem no governo federal. Esta decisão representa um gesto de clareza e de coerência. É isso que o povo brasileiro e os eleitores exigem de seus representantes”, comunicou oficialmente a federação.
Ministros resistem ao abandono de pastas
O principal impasse concentra-se nos ministérios controlados pelas siglas. O União Brasil comanda três pastas através de Celso Sabino (Turismo), Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração Regional), enquanto o PP detém André Fufuca (Esporte).
Correligionários relatam resistência ministerial em entregar cargos. Sabino cogita solicitar licença ou deixar o União Brasil para preservar posição no Turismo. Parlamentares unionistas argumentam que apenas Sabino representa indicação partidária efetiva, enquanto outras nomeações partiram pessoalmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Articulação pela anistia e eleições 2026
A ruptura vinha sendo ensaiada desde agosto, quando lideranças criticaram Lula durante ato de aliança partidária, causando constrangimento a Fufuca. Apesar da posição institucional, o ministro mantém lealdade pessoal ao presidente petista.
Ciro Nogueira e Cacá Ruela já negociam com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, estratégias para anistia política e disputas eleitorais de 2026. A movimentação representa reorganização significativa do cenário político nacional, fortalecendo oposição conservadora diante das pressões judiciais sobre lideranças bolsonaristas.