Nova sigla liberal poderá disputar eleições de 2026 e reforça alternativa de direita ao domínio da esquerda

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (4), a criação do partido “Missão”, ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). A decisão, relatada pelo ministro André Mendonça, marca a entrada de uma nova legenda no cenário político nacional com o objetivo de fortalecer pautas liberais e conservadoras e oferecer uma alternativa à hegemonia da esquerda comandada pelo PT e seus aliados.
Durante o julgamento, Mendonça deu voto favorável à criação da sigla, mas solicitou duas adequações no regimento interno do partido. Ele foi acompanhado por todos os demais ministros da Corte — Kassio Nunes Marques, Floriano de Azevedo Marques, Antonio Carlos Ferreira, Estela Aranha e a presidente Cármen Lúcia.
O MBL, que começou a articular a formação de seu partido em 2023, cumpriu as exigências legais e recolheu mais de 547 mil assinaturas validadas pelo TSE, número superior ao mínimo exigido. Com a oficialização, o Missão terá acesso ao Fundo Partidário e poderá lançar candidatos nas eleições de 2026, usando o número 14 nas urnas — o mesmo que remetia ao antigo PTB, legenda histórica do trabalhismo brasileiro.
O movimento, que ganhou notoriedade nas manifestações contra os governos do PT e pela defesa da Lava Jato, agora busca consolidar uma força política independente, reformista e ancorada nos valores da liberdade econômica, responsabilidade fiscal e combate à corrupção.
A aprovação pelo TSE representa um avanço importante para a direita liberal, que tenta se reorganizar no cenário atual, marcado pela dominação política e financeira da esquerda lulista. O partido Missão chega com discurso de renovação e coerência ideológica, prometendo defender pautas conservadoras e resgatar o protagonismo dos movimentos cívicos no Congresso Nacional.





