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Trump é indicado ao Nobel da Paz após mediar cessar-fogo entre Israel e Irã

Deputado republicano destaca “papel extraordinário” do ex-presidente na trégua

Foto de Anastacia Dvi na Unsplash
Foto de Anastacia Dvi na Unsplash

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu uma indicação formal ao Prêmio Nobel da Paz nesta terça-feira (24). A nomeação reconhece seus esforços na mediação que levou ao recente cessar-fogo entre Israel e Irã. A proposta foi protocolada junto ao Comitê Norueguês do Nobel pelo deputado republicano Buddy Carter, representante do estado da Geórgia.

Buddy Carter justificou a indicação destacando o “papel extraordinário e histórico” desempenhado por Trump no encerramento das hostilidades. Segundo o congressista, a atuação do presidente foi crucial para evitar uma escalada no conflito, que incluiu ataques direcionados a estruturas nucleares iranianas. Carter ressaltou que Trump foi decisivo na “prevenção da obtenção da arma mais letal do planeta pelo maior Estado patrocinador do terrorismo do mundo”, em uma clara referência ao regime do Irã.

Ataques antecederam a trégua entre Tel Aviv e Teerã

Antes que a trégua fosse estabelecida, Donald Trump havia autorizado o bombardeio de três instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. A operação militar, denominada Martelo da Meia-Noite, foi executada no sábado (21). A ação envolveu o uso de 75 munições de alta precisão, incluindo 14 bombas do tipo bunker buster, projetadas especificamente para atingir e destruir estruturas subterrâneas fortificadas.

Por meio de sua plataforma na rede social Truth Social, o presidente americano celebrou o êxito da operação. Ele descreveu o ataque como “muito bem-sucedido” e indicou que a instalação de Fordow, situada sob uma montanha ao sul da capital Teerã, era o principal alvo da ação. “Fordow se foi”, declarou Trump, evidenciando o impacto do bombardeio.

Fim oficial do conflito e reconhecimento internacional

Após um período de 12 dias de intensos confrontos, o governo iraniano confirmou oficialmente o fim das hostilidades com Israel. Em um comunicado divulgado pela imprensa estatal, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, classificou o desfecho como uma “grande vitória” para o país. Ele atribuiu a responsabilidade pelo início do confronto a Israel, referindo-se à guerra como “imposta pelo aventurismo de Tel Aviv”.

O anúncio do cessar-fogo foi feito pelos Estados Unidos e contou com o apoio diplomático do Catar na mediação. Do lado israelense, o governo informou que direcionará seus esforços militares prioritariamente para a Faixa de Gaza. No entanto, não descartou a possibilidade de novas ações no futuro, se necessário.

O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, também se manifestou sobre o encerramento do conflito. Em pronunciamento anterior à trégua, ele havia afirmado que o povo iraniano “não é uma nação que se rende”, sinalizando a postura de resiliência do regime mesmo diante dos bombardeios executados pelos Estados Unidos.