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Tribunais de contas gastam R$ 1,4 milhão em olimpíadas com dominó e truco

Servidores de 25 cortes participaram de competição em resort de luxo conforme informações do Metrópoles

Foto de Mick Haupt na Unsplash
Foto de Mick Haupt na Unsplash

Nove tribunais de contas desembolsaram R$ 1,4 milhão para custear participação de servidores e conselheiros em olimpíadas esportivas realizadas em Foz do Iguaçu, no Paraná. Durante uma semana, os funcionários disputaram modalidades que incluíram futebol, basquete, vôlei, pesca, sinuca, bocha, beach tennis, dominó, pebolim, dama e truco, segundo informações do Metrópoles.

O evento ocorreu entre 25 e 30 de agosto, reunindo 1.716 atletas de 40 delegações brasileiras, argentinas e uruguaias. Desse total, 1.396 participantes representaram 25 tribunais de contas nacionais. Os gastos cobriram inscrições, hospedagens em resorts de luxo, diárias, uniformes, fisioterapia e assessorias esportivas.

TCE-AM lidera gastos com R$ 625 mil

O Tribunal de Contas do Amazonas registrou os maiores dispêndios, totalizando mais de R$ 625 mil. A instituição pagou R$ 442 mil apenas para inscrever 130 servidores no torneio, valor que incluiu hospedagem no Resort Grand Carimã e transfer para eventos. Adicionalmente, desembolsou R$ 51.634 para uniformes, R$ 58.230 para fisioterapia esportiva e R$ 59.787 para assessoria técnica, conforme dados do Metrópoles.

A conselheira-presidente Yara Amazonia Lins Rodrigues acompanhou a delegação e celebrou o título conquistado pela equipe amazonense. A maioria dos tribunais dispensou servidores de bater ponto durante o evento, sem necessidade de compensação de horas.

Outros gastos significativos registrados

O TCM do Pará investiu R$ 230,6 mil para 72 atletas e três conselheiros, hospedando autoridades no Mabu Thermas Grand Resort. O TCE de Rondônia pagou R$ 156 mil em inscrições para 78 servidores, justificando o gasto como “serviço de bem-estar”. O TCE do Tocantins desembolsou R$ 297 mil para 88 servidores, além de R$ 17,4 mil em diárias para o presidente e um conselheiro, segundo informações do Metrópoles.

Dez tribunais afirmaram não ter custeado despesas, deixando custos por conta dos próprios atletas. O evento foi organizado pela Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil, visando “integração entre servidores através do intercâmbio desportivo”.