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Tereza Cristina revela como novo imposto de Haddad afeta diretamente sua mesa

Senadora denuncia tributação de 5% sobre LCAs que pode comprometer financiamento do setor que alimenta o Brasil

Tereza Cristina - Foto: Andressa Anholete/Agência Senado
Tereza Cristina – Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A senadora Tereza Cristina (PP-MS) lançou críticas contundentes contra a mais recente investida tributária do governo Lula, que pretende cobrar 5% de imposto sobre as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), atualmente isentas. A parlamentar alertou que a medida representa ataque direto ao setor produtivo brasileiro e pode comprometer o financiamento rural essencial para manter os alimentos baratos na mesa dos brasileiros.

Em pronunciamento nas redes sociais, a ex-ministra da Agricultura foi categórica ao questionar os rumos da política econômica petista: “Gente, onde o governo Lula 3 quer chegar? Agora querem tributar as LCA em 5%. Pode parecer técnico, mas é simples. Hoje a LCA é isenta de imposto e uma das fontes de financiamento para o plano safra.”

A proposta integra o pacote de medidas anunciado pelo ministro Fernando Haddad para compensar o recuo parcial no controverso aumento do IOF, demonstrando que o governo petista mantém sua voracidade arrecadatória mesmo diante da pressão política e econômica.

Medida compromete financiamento rural e encarece alimentos

A senadora explicou de forma didática como a tributação das LCAs afetará diretamente a produção de alimentos no país. “Agora vai ficar menos atraente e vai significar menos recursos ao crédito rural, sobretudo para médios produtores e cooperativas. Sem crédito rural, não tem comida barata”, alertou a parlamentar.

As Letras de Crédito do Agronegócio funcionam como títulos de renda fixa emitidos por bancos, cujos recursos captados são direcionados especificamente para financiar atividades agrícolas. A isenção tributária desses papéis foi criada justamente para tornar o investimento mais atrativo e garantir maior volume de recursos para o setor produtivo.

Com a nova tributação de 5%, os investidores terão menor retorno líquido, reduzindo naturalmente a demanda por esses títulos. Consequentemente, os bancos terão menos recursos disponíveis para emprestar aos produtores rurais, encarecendo o crédito agrícola e impactando toda a cadeia produtiva.

Governo ataca setor que sustenta economia brasileira

Tereza Cristina foi enfática ao denunciar a contradição da política econômica petista, que penaliza justamente o setor mais dinâmico da economia nacional. “Tributar e aliciar é prejudicar quem produz nosso alimento. É enfraquecer o plano safra. Não vamos aceitar isso. O agro alimenta o Brasil e merece respeito, não mais imposto”, declarou a senadora.

O agronegócio brasileiro respondeu por mais de 24% do PIB nacional em 2023 e mantém o país como potência mundial na produção de alimentos. O setor também é responsável por superávits comerciais que equilibram as contas externas brasileiras, além de gerar milhões de empregos diretos e indiretos.

A decisão de tributar as LCAs demonstra total desconexão do governo Lula com a realidade econômica, priorizando arrecadação imediata em detrimento do crescimento sustentável e da segurança alimentar nacional.

Crítica à gestão fiscal irresponsável do governo

A parlamentar sul-mato-grossense apontou a verdadeira solução para os problemas fiscais brasileiros, criticando a obsessão petista por aumentar impostos. “O governo precisa ajustar a despesa, a gastança, não só aumentar imposto”, concluiu Tereza Cristina.

Esta observação vai ao cerne da questão fiscal brasileira, onde o governo Lula prefere penalizar contribuintes e setores produtivos a cortar gastos supérfluos e melhorar a eficiência da máquina pública. A estratégia de aumentar continuamente a carga tributária é insustentável e prejudica o crescimento econômico.

A senadora representa importante voz de resistência no Congresso Nacional contra as políticas econômicas desastrosas do governo petista, defendendo os interesses dos produtores rurais e da economia nacional.

Medida provisória mantém voracidade tributária

A proposta de tributar as LCAs faz parte da Medida Provisória que o governo editará para “recalibrar” o IOF, conforme anunciado por Haddad após reunião com líderes do Congresso. Além das LCAs, também serão atingidas as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), demonstrando que o governo não poupa nenhum setor da economia.

Vale ressaltar que a tributação se aplicará apenas aos novos títulos emitidos, preservando os investimentos já realizados. Contudo, essa diferenciação não reduz o impacto negativo sobre o mercado futuro de crédito rural, que depende da constante renovação e expansão dos investimentos em LCAs.

A medida também inclui aumento da tributação sobre empresas de apostas online de 12% para 18%, evidenciando que o governo Lula busca recursos em todas as frentes possíveis para sustentar seus gastos descontrolados.

Resistência política cresce no Congresso

A reação de Tereza Cristina reflete o crescente descontentamento do Congresso Nacional com a política tributária do governo Lula. Mais de 20 propostas foram apresentadas para derrubar o decreto original do IOF, forçando o governo a recuar parcialmente e buscar alternativas menos impopulares.

A senadora representa importante liderança política em Mato Grosso do Sul, estado que figura entre os maiores produtores agropecuários do país. Sua experiência como ex-ministra da Agricultura confere autoridade técnica às suas críticas, amplificando o impacto político de suas declarações.

O posicionamento firme da parlamentar sinaliza que o setor produtivo não aceitará passivamente novos ataques tributários, prometendo resistência organizada contra medidas que prejudiquem o agronegócio brasileiro.