Líder do PL na Câmara denuncia perseguição judicial ao ex-presidente durante sua recuperação pós-cirúrgica

O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), manifestou-se energicamente nesta quinta-feira (24) contra o que classificou como uma flagrante demonstração de autoritarismo por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar reagiu à controversa intimação judicial que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu enquanto estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recuperando-se de um delicado procedimento cirúrgico.
Em publicação contundente nas redes sociais, o deputado fez uma analogia que expõe a gravidade do momento político brasileiro: “Se a injustiça chegou até a UTI, é porque a democracia está em coma. Mas ainda há quem lute por ela.”
Sóstenes não se limitou a criticar a ação judicial em si, mas também defendeu veementemente a necessidade de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. “A anistia não é um favor. É um direito. E quem persegue um homem doente, revela o medo de sua força. #Bolsonaro #AnistiaJá”, escreveu o parlamentar, destacando o que muitos interpretam como uma perseguição política sistemática contra o ex-presidente e seus apoiadores.
A manifestação ocorre em um contexto de crescente tensão institucional. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou que não pretende colocar em pauta o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o que levou Sóstenes a anunciar modificações estratégicas na proposta.
Segundo o líder do PL, a nova versão do texto será mais objetiva e focada exclusivamente nos cidadãos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro que foram acusados de crimes relacionados à depredação do patrimônio público. Esta reformulação visa ampliar o apoio ao projeto, tornando-o mais palatável para um espectro maior de parlamentares.
A intimação de Bolsonaro em um leito hospitalar gerou indignação entre seus aliados e apoiadores, que veem no episódio mais uma evidência do que denunciam como uma instrumentalização política do Judiciário. Para muitos observadores, o gesto simboliza o atual estado de fragilidade das garantias constitucionais e da separação de poderes no Brasil.
Enquanto isso, o ex-presidente continua seu processo de recuperação, cercado por apoiadores fiéis que têm manifestado solidariedade tanto à sua condição de saúde quanto à sua situação judicial, considerada por muitos como arbitrária e desproporcional.