Estatal recorre a empréstimos milionários enquanto acumula prejuízo bilionário e vê patrimônio despencar para rombo histórico de R$ 4,4 bilhões

As demonstrações financeiras dos Correios referentes a 2024, divulgadas nesta sexta-feira (9), revelam o dramático colapso financeiro da estatal desde o retorno do PT ao poder. Em um cenário alarmante, a empresa precisou recorrer a empréstimos emergenciais que somam R$ 550 milhões apenas em dezembro de 2024, numa clara demonstração de desespero financeiro para honrar compromissos imediatos.
O socorro financeiro, obtido junto aos bancos ABC (R$ 250 milhões) e Daycoval (R$ 300 milhões), expõe a fragilidade da gestão atual da companhia, que mesmo com a injeção significativa de recursos, não conseguiu evitar um prejuízo monumental de R$ 2,6 bilhões no fechamento do último ano fiscal. O resultado catastrófico demonstra que nem mesmo empréstimos vultuosos foram capazes de estancar a hemorragia financeira da estatal.
A situação se agrava ainda mais quando analisamos outros indicadores financeiros. Os Correios foram forçados a reduzir suas aplicações financeiras em impressionantes R$ 2,7 bilhões, simplesmente para conseguir pagar obrigações básicas no período. Este dado revela a total falta de liquidez e o esgotamento das reservas da empresa sob a gestão atual.
O quadro de deterioração patrimonial é igualmente perturbador. O patrimônio líquido da companhia, que já havia entrado no terreno negativo em 2023 com um déficit de R$ 360 milhões, desabou para um rombo histórico de R$ 4,4 bilhões. Em apenas um ano, a estatal viu seu patrimônio líquido negativo crescer em assombrosos 1.122%, sinalizando uma trajetória insustentável a longo prazo.
Vale lembrar que os empréstimos recém-adquiridos começarão a ser pagos em seis parcelas mensais a partir de julho deste ano, o que deve pressionar ainda mais o já combalido caixa da empresa nos próximos meses. A situação traz sérios questionamentos sobre a capacidade da atual administração de reverter a espiral de endividamento e prejuízos.
O cenário calamitoso dos Correios contrasta fortemente com as promessas feitas pelo governo Lula durante a campanha presidencial, quando criticava duramente a proposta de privatização da estatal e garantia que, sob sua gestão, a empresa voltaria a ser lucrativa e eficiente. Os números apresentados, conforme informações da revista Oeste, evidenciam a distância entre o discurso político e a realidade econômica da companhia.