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Sem verba, INSS suspende programa de redução de filas e deixa 2,6 milhões de brasileiros na espera por benefícios

Falta de recursos e má gestão orçamentária expõem fracasso do governo Lula na Previdência e ampliam crise social entre aposentados e pensionistas

INSS (Imagem ilustrativa) Foto: RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL
INSS (Imagem ilustrativa) Foto: RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu nesta quarta-feira (15) o principal programa de combate ao acúmulo de processos para aposentadorias e auxílios. O chamado Programa de Gerenciamento de Benefícios (PGB), criado para reduzir a fila de espera e incentivar servidores e peritos com bônus por produtividade, foi interrompido por falta de verba. A medida tem efeito imediato, deixando em compasso de espera mais de 2,6 milhões de brasileiros que aguardam a liberação de seus benefícios.

O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, informou que o orçamento previsto já se esgotou e pediu uma suplementação de R$ 89,1 milhões aos ministérios da Previdência e do Planejamento para tentar retomar as atividades. O PGB pagava R$ 68 por processo analisado e R$ 75 por perícia médica, valores que vinham agilizando a tramitação de pedidos — especialmente após a greve de peritos que durou 235 dias.

Sem os bônus, as análises extras serão interrompidas, e todos os processos em andamento retornarão às filas comuns, o que deve elevar ainda mais o tempo médio de espera. Até março deste ano, o número de solicitações pendentes já havia saltado de 1,5 milhão (em 2023) para 2,7 milhões, escancarando o descompasso entre promessas e resultados.

A suspensão revela o fracasso do governo Lula em administrar as contas públicas, mesmo com uma máquina inchada por 39 ministérios e gastos bilionários com custeio político. Em vez de priorizar aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC — muitos deles em situação de vulnerabilidade —, o Planalto insiste em manter aliados e estruturas inúteis que drenam o orçamento federal.

A previsão de retomada do programa depende da recomposição orçamentária, ainda incerta. Enquanto isso, o brasileiro mais humilde, que depende do INSS para viver com dignidade, segue abandonado por um governo que prefere gastar com ideologia em vez de cuidar das pessoas.