Secretário de Estado americano classifica decisão como “caça às bruxas” e critica Alexandre de Moraes

O secretário de Estado americano Marco Rubio prometeu resposta de Washington após a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. A reação oficial dos Estados Unidos ocorreu horas depois da Primeira Turma formar maioria de 4 a 1 pela condenação do ex-presidente brasileiro.
Através da rede social X, Rubio criticou duramente a decisão judicial brasileira e atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes. “As perseguições políticas do violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, já que ele e outros na Suprema Corte do Brasil decidiram injustamente prender o ex-presidente Jair Bolsonaro”, escreveu o diplomata americano.
Tensão diplomática emergente
A promessa de retaliação americana marca escalada nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos sob governo Trump. Rubio classificou o processo como “caça às bruxas” e sinalizou que Washington não reconhece a legitimidade da condenação brasileira contra o ex-presidente conservador.
A interferência diplomática americana em questões judiciais internas brasileiras representa precedente preocupante para a soberania nacional. O posicionamento oficial dos EUA demonstra alinhamento ideológico com Bolsonaro e rejeição às decisões do sistema judiciário brasileiro.
Crimes imputados questionados
O STF atribuiu a Bolsonaro crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e grave ameaça ao patrimônio da União, resultando na severa pena de prisão em regime inicialmente fechado. A condenação dividiu os ministros, com Luiz Fux divergindo e absolvendo seis dos oito réus por ausência de provas conclusivas.
A reação americana sugere possíveis sanções ou medidas diplomáticas contra autoridades brasileiras envolvidas no processo. Rubio já havia classificado Moraes como “violador de direitos humanos sancionado”, indicando coordenação prévia com governo Trump para contestar decisões judiciais brasileiras.
A crise diplomática emergente pode afetar cooperação bilateral em múltiplas áreas estratégicas.
