
O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) formalizou sua adesão à CPI do INSS que está sendo articulada pela oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados. A comissão parlamentar tem como objetivo principal apurar irregularidades relacionadas ao Instituto.
“Um rombo de R$ 6,3 bilhões dos cofres do país, nos últimos dias estamos vendo várias ações do judiciário, do atual governo e da mídia para abafar o rombo bilionário do INSS. Intimaram Bolsonaro na UTI, prenderam Collor no aeroporto e o PSOL entrou com pedido para que você pague essa conta”, afirmou o parlamentar.
Em suas declarações, Nogueira solicita que o STF estabeleça um prazo de 48 horas para que Lula apresente explicações sobre a fraude. “Imaginem se a cobrança em cima do Lula e do seu ministro Carlos Lupi, que sabia de tudo, fosse a mesma no tempo de Bolsonaro?”, questionou ao rememorar que o próprio ministro admitiu “sabia de tudo”.
Para fortalecer o apoio à CPI, os deputados planejam mobilizar nomes de expressão parlamentar em uma campanha que deve ser lançada na próxima semana. O Partido Liberal, sigla do ex-presidente Bolsonaro, já sinalizou que participará ativamente deste movimento.
A instalação da CPI requer 171 assinaturas, contudo, até a última sexta-feira (25), a iniciativa contabilizava 87 parlamentares favoráveis.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o esquema envolve aproximadamente R$6,3 bilhões em processos vinculados à apropriação indevida de valores de aposentadorias. Os esquemas fraudulentos consistiam em cobranças não autorizadas a idosos, utilizando a estrutura de sindicatos.
Entre os proprietários das entidades sindicais investigadas está “Frei Chico”, irmão do presidente Lula, que mantém ligação com um dos sindicatos sob investigação da PF. Conforme reportagem da CNN, o sindicalista e aposentado José Ferreira da Silva, pernambucano de 83 anos, foi detido durante o regime militar e posteriormente implicado na Operação Lava Jato.
A mesma fonte jornalística ressalta que Frei Chico integra o círculo familiar de Lula como um de seus 17 irmãos. Foi por intermédio dele que o atual presidente estabeleceu seus primeiros contatos com o movimento sindical a partir de 1964, quando se estabeleceu na região do ABC Paulista e começou a trabalhar na metalúrgica Indústrias Villares.