Investigação revela como funcionários da Agraer, órgão comandado pelo partido de Lula no MS, falsificavam documentos para apropriação ilegal de terras públicas

A Polícia Federal desencadeou ontem (8/5) mais uma operação que coloca o PT novamente no centro de um escândalo. A “Operação Pantanal Terra Nullius” investiga um sofisticado esquema criminoso de grilagem de terras federais no Pantanal sul-mato-grossense, além de fraudes na emissão e comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA).
As minuciosas investigações apontam para uma rede de corrupção que envolve empresários e fazendeiros da região que, em parceria com servidores da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul (AGRAER) – órgão atualmente comandado pelo PT no estado – falsificavam documentos e os inseriam estrategicamente em processos administrativos de titulação. O objetivo era se apropriar ilegalmente de áreas localizadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em região de faixa de fronteira.
Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Rio Brilhante, em Mato Grosso do Sul. Além disso, a Justiça determinou o sequestro de bens e o bloqueio de valores que ultrapassam R$ 3 milhões, pertencentes aos investigados.
Os envolvidos no esquema poderão responder por diversos crimes, incluindo associação criminosa, usurpação de bens da União, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema público e infrações ambientais. A pena, se somadas todas as acusações, pode chegar a mais de 20 anos de reclusão.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio de nota, esclareceu que não tem qualquer relação com o caso e que mantém rígidos controles nos processos de regularização fundiária sob sua responsabilidade, diferenciando-se das práticas adotadas pelo órgão estadual investigado.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que órgãos ligados ao PT aparecem em investigações por desvios e fraudes com recursos públicos. A população sul-mato-grossense agora aguarda que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos, independentemente de suas filiações políticas.
Cidadãos que tiverem informações relacionadas a casos semelhantes podem enviar denúncias anônimas para o canal oficial da Polícia Federal: https://forms.office.com/r/m75tcxze1v.