Partido dos Trabalhadores chama pleito na Venezuela de “jornada pacífica, democrática e soberana”
Em meio à crescente pressão internacional e às dúvidas sobre a legitimidade das eleições na Venezuela, onde Nicolás Maduro se declarou reeleito, o Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu uma nota nesta segunda-feira (29) defendendo os resultados. O PT saudou Maduro como “presidente reeleito” e pediu que ele “continue o diálogo com a oposição”, ignorando as alegações de fraudes e a repressão a adversários políticos.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo governo chavista, divulgou os resultados sem apresentar as atas de votação e bloqueou a entrada de observadores internacionais. Essa postura gerou protestos e condenações de diversos países, incluindo Estados Unidos, Argentina e Chile. Em contraste, o governo brasileiro, através do Itamaraty, solicitou a divulgação das atas eleitorais, ressaltando a importância da transparência e legitimidade do pleito, mas evitou reconhecer Maduro como “presidente reeleito”.
O PT também atribuiu os problemas enfrentados pela Venezuela às sanções internacionais, alegando que essas medidas são responsáveis pela crise no país. Esta posição do partido contradiz a reação de nações vizinhas e organismos internacionais, que exigem uma revisão independente do processo eleitoral.
Confira, na íntegra, a nota do PT:
O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela.
Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.
