Reunião em Brasília definirá o futuro da legenda, enquanto parlamentares sul-mato-grossenses já migram para outros partidos
O PSDB está prestes a definir seu futuro político, e a fusão com o PSD aparece como o caminho mais viável para evitar o enfraquecimento da legenda. Durante um encontro em Campo Grande, o presidente nacional do partido, Marconi Perillo, confirmou que nos próximos dias ocorrerá uma reunião em Brasília (DF) com os governadores Eduardo Riedel (MS), Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) para selar o destino do PSDB.
A possibilidade de fusão com o PSD de Gilberto Kassab vem ganhando força, visto que a legenda tucana, sem essa união, pode perder relevância nacional e comprometer sua capacidade de disputa em 2026. “Nós não precisamos fazer uma fusão, pois conseguiríamos cumprir as cláusulas de desempenho, porém, sem ela, ficaríamos muito fracos nacionalmente e sem poder de negociações políticas”, destacou o ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja.
Na reunião, que contou com a presença de parlamentares como os deputados federais Beto Pereira e Dagoberto Nogueira, e os estaduais Pedro Caravina, Paulo Corrêa, Jamilson Name, Zé Teixeira e Mara Caseiro, Perillo reafirmou que o PSDB precisa se unir a um partido que tenha um projeto viável para a disputa presidencial de 2026. “O legado do PSDB não pode desaparecer”, afirmou Perillo, enfatizando que qualquer fusão precisa preservar as bandeiras tucanas.
Atualmente, a sigla negocia com duas legendas: PSD e Republicanos, deixando o MDB fora das tratativas. Caso a fusão não ocorra, o PSDB pode perder seus governadores restantes, visto que Raquel Lyra já sinalizou sua intenção de ingressar no PSD, e Eduardo Leite e Eduardo Riedel podem seguir o mesmo caminho por sobrevivência política.
Enquanto isso, em Mato Grosso do Sul, parlamentares tucanos já estão de malas prontas para novas siglas. A deputada estadual Mara Caseiro deve migrar para o PL e concorrer a deputada federal, mesma direção que Zé Teixeira está tomando, porém, para a reeleição. O deputado Lucas de Lima (sem partido e ex-pdt) já oficializou sua filiação ao PL, e um quarto nome pode surgir nos próximos dias, o que elevaria para sete o número de parlamentares do PL na Assembleia Legislativa.
A decisão sobre a fusão do PSDB deve ser tomada até abril, e o desfecho dessa negociação terá impacto direto no cenário político nacional e estadual. Com a aproximação das eleições de 2026, o partido precisa definir sua estratégia para não se tornar irrelevante no tabuleiro político. A ida de Reinaldo Azambuja para o PSD, partido base do Governo Lula, deve inviabilizar o apoio de Bolsonaro ao Senado, o que tornaria ainda mais complexo o cenário para o PSDB nas próximas eleições.
Parte das informações foram extraídas do site www.correiodoestado.com.br e confirmadas por nossa equipe, e outras foram apuradas nos bastidores pelo portal Correio do Pantanal.
