Docente da UFRJ tenta justificar fala polêmica como metáfora após ameaça de processo

O professor aposentado Marcos Dantas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicou nesta segunda-feira, 7 de julho de 2025, uma carta na rede social X (antigo Twitter) para se defender de acusações de ameaça contra Vicky Justus, filha de 5 anos do empresário Roberto Justus. Após a enorme repercussão negativa de seu comentário, no qual mencionou “guilhotina” em referência à criança, Dantas agora alega que tudo não passou de uma “metáfora” e pediu desculpas, aparentemente temeroso das consequências legais e do cancelamento público que enfrenta.
Origem da controvérsia
A polêmica teve início quando o docente comentou uma foto da pequena Vicky Justus, que usava uma bolsa de luxo avaliada em R$ 14 mil. Na publicação, Dantas escreveu: “Só guilhotina…”, uma frase que chocou internautas e gerou indignação imediata. Ana Paula Siebert, mãe da menina, reagiu com veemência, anunciando que tomaria medidas judiciais contra o professor por considerar o comentário uma ameaça inaceitável a uma criança.
Justificativa questionável
Na carta divulgada, Marcos Dantas tenta amenizar a gravidade de sua fala, afirmando que se tratava de uma referência simbólica à Revolução Francesa, como forma de criticar a desigualdade social. Ele escreveu: “Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora… Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade”. O professor ainda negou qualquer intenção de ameaçar a família, dizendo: “Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Isso seria um absurdo!”.
Desculpas tardias e convenientes
Dantas também alegou ter sido surpreendido pela viralização de seu comentário, que, segundo ele, seria um pensamento privado tornado público por “fatores incontroláveis da internet”. Na carta, ele pede desculpas a Roberto Justus e sua família, reconhecendo as “compreensíveis preocupações” causadas. No entanto, a retratação parece vir mais como uma tentativa de evitar um processo judicial e mitigar o dano à sua imagem do que como um arrependimento genuíno, especialmente considerando o tom inicial de sua publicação.
Postura firme da família Justus
Até o momento, Roberto Justus e Ana Paula Siebert não comentaram a carta do professor. No domingo, o casal gravou um vídeo afirmando que irá processar não apenas Marcos Dantas, mas também outros indivíduos que fizeram comentários ofensivos contra Vicky nas redes sociais. A determinação da família em buscar justiça mostra que o pedido de desculpas pode não ser suficiente para encerrar o caso, que já ganhou enorme visibilidade.
Crítica à mentalidade esquerdista
Esse episódio escancara um padrão preocupante de certos acadêmicos alinhados à esquerda, que, sob o pretexto de criticar desigualdades, recorrem a discursos de ódio ou insinuações violentas, mesmo que disfarçadas de “metáforas”. Atacar uma criança de 5 anos por meio de referências históricas macabras não é apenas de mau gosto, mas também revela uma falta de ética e sensibilidade. Enquanto o governo Lula e seus apoiadores frequentemente pregam a tolerância, casos como esse mostram uma contradição gritante entre o discurso e a prática de seus simpatizantes.
Desdobramentos esperados
O caso deve continuar gerando debate nas redes sociais e na esfera jurídica. A ação prometida pela família Justus pode servir como um marco contra abusos nas plataformas digitais, especialmente quando envolvem menores de idade. Além disso, a sociedade espera que episódios como esse sirvam de lição para que figuras públicas, como professores universitários, pensem duas vezes antes de publicar comentários que possam ser interpretados como ameaças ou provocações desnecessárias.