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PP, PSD e União Brasil cogitam deixar governo Lula diante da crise de popularidade

Pesquisas apontam desgaste do governo petista, e partidos do Centrão já avaliam desembarque

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A queda expressiva na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmada por cinco pesquisas nacionais desde janeiro, tem levado PP, PSD e União Brasil a reconsiderarem sua permanência no governo. Segundo lideranças regionais dessas siglas, ouvidas pelo Correio do Estado, a insatisfação cresceu ainda mais após a nomeação da petista Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais e do radical Guilherme Boulos (PSOL) para a Secretaria-Geral da Presidência.

O movimento de debandada já começou a ser articulado. O senador Ciro Nogueira (PP), o ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) e Antonio Rueda (União Brasil) estariam negociando a saída do governo antes que o desgaste da gestão petista prejudique seus partidos nas eleições de 2026. No PP, a decisão já estaria tomada, com a expectativa de que o ministro dos Esportes, André Fufuca, entregue o cargo ao Planalto. O PSD segue a mesma linha, planejando lançar candidatura própria à Presidência, possivelmente com o governador Ratinho Júnior (PR).

O União Brasil, apesar de dividido, também cogita devolver seus ministérios. Enquanto uma ala defende o apoio a Lula, outra quer lançar o governador Ronaldo Caiado como candidato da direita em 2026, embora haja resistência interna. O partido enfrenta disputas internas pelo comando do Ministério do Turismo e negociações com o Centrão devem influenciar os próximos passos.

A movimentação dos partidos demonstra um enfraquecimento da base governista e reforça a percepção de isolamento do PT, que, ao priorizar aliados históricos, pode perder apoio no Congresso. As informações são do Correio do Estado.