Deputados alegam falta de identificação com ex-governador e fortalecem debate sobre rumos da direita; bastidores apontam possível saída de Pollon para o Republicanos e movimentação de Catan segue indefinida
A chegada de Reinaldo Azambuja, ex-PSDB, para comandar o PL em Mato Grosso do Sul gerou desconforto entre membros da legenda, especialmente os deputados Marcos Pollon e João Henrique Catan. Ambos, notadamente ausentes no evento que formalizou a filiação do ex-governador neste domingo (21) em Campo Grande, evitam associar sua trajetória política ao novo dirigente estadual do partido. Conforme apuração interna do Correio do Pantanal, Pollon, crítico contundente da condução do partido, pode estar de saída rumo ao Republicanos. No caso de Catan, apesar de nunca ter cogitado a troca de legenda, não está descartada sua ida ao União Brasil, em alinhamento com Rose Modesto e Capitão Contar.
Durante a manifestação do último dia 03/08, Pollon não poupou palavras: “Entregaram o PL para a porcaria do PSDB. Canalhas!”. Tal indignação remonta ao período eleitoral de 2024, quando o comando nacional do PL, liderado por Jair Bolsonaro, optou por apoiar o PSDB em detrimento de candidatura própria. Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, também em Campo Grande, manifestou incômodo com a postura de Pollon.
Já Catan, afirmou: “Tem coisas que não se misturam. A direita verdadeira se constrói com coragem, enfrentamento e valores… Não precisamos estar em todos os palanques para mostrar a nossa força”.
Enquanto isso, Azambuja foi prestigiado por líderes estaduais de diferentes partidos, evidenciando seu capital político, mas sem abafar o incômodo de parte da base conservadora, que não se vê representada pelo novo comando do PL.
