A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou todas as investigações e processos contra o ex-ministro Antônio Palocci, envolvido na Operação Lava Jato durante os governos Lula e Dilma. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicita que Toffoli reconsidere sua própria decisão ou encaminhe o caso para julgamento no plenário do STF.
Gonet argumenta que Palocci busca se eximir de sua responsabilidade penal sem uma justificativa jurídica válida. Segundo ele, a vinculação do ex-ministro à Lava Jato ocorreu de forma legítima, com base em provas concretas e independentes, obtidas por diferentes fontes. No recurso, o PGR enfatiza que os indícios contra Palocci são sólidos e foram confirmados pelo próprio ex-ministro em seu acordo de colaboração premiada.
A anulação determinada por Toffoli estendeu a Palocci o mesmo benefício concedido a Lula e outros investigados, mas a PGR contesta essa decisão, alegando que os casos são distintos e que o ministro estaria interferindo no trabalho de juízes de primeira instância. Embora a decisão torne nulos todos os atos processuais contra Palocci na Lava Jato, sua delação premiada segue válida, e a multa de R$ 37,5 milhões imposta ao ex-ministro permanece.
