Ação ocorre um dia após tentativa de fuga de Silvinei Vasques e mira réus dos núcleos 2, 3 e 4

A Polícia Federal realizou neste sábado (27) dez mandados de prisão domiciliar, com imposição de tornozeleira eletrônica, contra condenados pela narrativa oficial de “tentativa de golpe de Estado” — episódio que a direita já descreve como a farsa do golpe, ou o “golpe de festa junina”, devido às fragilidades do processo conduzido pelo Supremo. A ofensiva ocorre um dia após a tentativa de fuga do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, e atinge investigados classificados nos núcleos 2, 3 e 4. Entre os alvos está Filipe Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo a PF, as diligências acontecem no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. A corporação informou que o Exército Brasileiro acompanha parte das ações, em mais um desdobramento da operação que tem sido alvo de críticas por supostos excessos e pelo caráter político das decisões.
Os investigados também estão sujeitos a medidas cautelares adicionais, como proibição de uso de redes sociais, impedimento de contato com outros réus, entrega de passaportes, suspensão de documentos que autorizam porte de arma e restrição de visitas. A nova etapa reforça o clima de pressão judicial sobre figuras ligadas à direita, ampliando o debate sobre a condução dos processos e seus impactos no cenário político.





