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Pesquisa revela que 33,2% dos brasileiros consideram picanha muito mais cara no governo Lula

Promessa de campanha do petista sobre barateamento da carne não se concretizou na prática

Preço médio do quilo da picanha ficou mais caro em 2024 Foto: Pixabay
Preço médio do quilo da picanha ficou mais caro em 2024 Foto: Pixabay

Uma pesquisa da Paraná Pesquisas revelou que 33,2% dos brasileiros consideram que a picanha está significativamente mais cara durante o governo Lula (PT), comparado ao período da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O dado é especialmente relevante considerando que o barateamento da carne foi uma das principais bandeiras de campanha do petista em 2022.

O levantamento questionou os entrevistados sobre a seguinte comparação: “Em relação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o preço atual da picanha no governo Lula está muito mais alto, um pouco mais alto, igual, um pouco mais baixo ou muito mais baixo?”.

Os resultados mostram que metade dos eleitores brasileiros (50%) percebe aumento no preço da picanha. A percepção de encarecimento foi mais intensa nas regiões Centro-Oeste e Norte, onde 40,2% dos entrevistados identificaram alta significativa nos preços. Na sequência, aparecem a região Sul (37,3%), Sudeste (35,8%) e, por último, o Nordeste (23,2%).

Promessa não cumprida gera desconfiança

Durante a campanha eleitoral de 2022, Lula fez diversas declarações prometendo que os brasileiros voltariam a ter acesso facilitado a carnes nobres, incluindo a picanha. A estratégia discursiva do petista focou na crítica aos preços dos alimentos durante o governo Bolsonaro, prometendo reverter o cenário.

Entretanto, os dados da pesquisa demonstram que, na percepção da população, essa promessa não se materializou. Pelo contrário, a maioria dos brasileiros identifica que os preços continuaram em trajetória ascendente, contrariando as expectativas criadas durante o período eleitoral.

Metodologia da pesquisa

O estudo foi conduzido entre os dias 18 e 22 de junho, através de entrevistas presenciais com 2.020 brasileiros maiores de 16 anos. A pesquisa possui margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%. As informações foram divulgadas pelo portal Poder360.

Os dados evidenciam um descompasso entre o discurso político e a realidade econômica vivenciada pelos consumidores brasileiros, especialmente em relação a um produto que se tornou símbolo das promessas não cumpridas do atual governo federal.