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MP Eleitoral pede suspensão de direitos políticos de Nikolas Ferreira

Denúncia surge após vídeo crítico a livro polêmico de prefeito de BH

Deputado federal Nikolas Ferreira Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Deputado federal Nikolas Ferreira Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais apresentou, nesta terça-feira, 8 de julho de 2025, uma denúncia contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e seus aliados, incluindo o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG), por vídeos divulgados durante a eleição municipal de 2024. Os parlamentares criticaram o então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, por um livro de sua autoria com conteúdo controverso, o que o MP considera difamação e propaganda eleitoral irregular. A denúncia pede a suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, levantando debates sobre liberdade de expressão e censura.

Motivo da denúncia e acusações

O MP alega que Nikolas Ferreira e Bruno Engler divulgaram informações que, embora classificadas como “fatos sabidamente verídicos”, teriam sido usadas de forma difamatória contra Fuad Noman. Além disso, a denúncia aponta que Nikolas desrespeitou ordens judiciais ao não remover o vídeo de suas redes sociais e, segundo o órgão, “passou a debochar publicamente da decisão”. O Ministério Público também solicita uma indenização por danos morais, que seria destinada a instituições de caridade, numa tentativa de penalizar os parlamentares por suas declarações.

Conteúdo polêmico do livro de Fuad Noman

Em 24 de outubro do ano passado, o portal Pleno.News destacou a denúncia de Nikolas Ferreira sobre o livro “Cobiça”, lançado por Fuad Noman em 2020. A obra descreve, de forma explícita, uma cena de estupro coletivo envolvendo uma criança de 12 anos. No vídeo, Nikolas questionou: “Fuad descreveu com detalhes um estupro de uma criança de 12 anos na página 159. Você deixaria o seu filho com um professor que escreveu um livro desses? Como alguém com uma mente assim tenta agora obter o apoio dos cristãos?”. A crítica do deputado reflete a indignação de muitos cidadãos diante de um conteúdo tão perturbador, especialmente vindo de uma figura pública.

Contexto político de Fuad Noman

Na época do lançamento do livro, Fuad Noman ocupava o cargo de secretário da Fazenda de Belo Horizonte, sob a gestão de Alexandre Kalil, de quem era vice-prefeito. Com a saída de Kalil para concorrer ao governo de Minas Gerais em 2022, Noman assumiu a prefeitura. Questionado sobre o teor da obra, o prefeito limitou-se a dizer que se tratava de uma peça de ficção, uma justificativa que muitos consideram insuficiente diante da gravidade do conteúdo descrito.

Outras críticas de Nikolas Ferreira

No mesmo vídeo, Nikolas expôs que a rede municipal de Educação de Belo Horizonte, durante a gestão de Noman, levou alunos a uma feira literária com títulos como “Kit Gay – atividades lúdicas”, “Velho sacudo” e “Ménage”. Essa denúncia reforça a preocupação com a exposição de crianças a materiais inadequados, algo que vai de encontro aos valores cristãos e familiares defendidos por grande parte da população, além de questionar a responsabilidade de gestores públicos na proteção da infância.

Análise crítica da denúncia do MP

A ação do Ministério Público Eleitoral contra Nikolas Ferreira e seus aliados levanta sérias questões sobre a liberdade de expressão no Brasil, especialmente em um contexto de crescente judicialização da política. Sob a gestão do governo Lula e a influência de ideologias de esquerda no judiciário, medidas como essa parecem ter como objetivo silenciar vozes conservadoras que denunciam abusos e incoerências de figuras públicas. Penalizar um parlamentar por expor fatos verídicos é um precedente perigoso, que pode minar o debate democrático e a transparência no país.

Perspectivas futuras e impacto político

A denúncia contra Nikolas Ferreira deve gerar intensa repercussão no meio político e na sociedade. A suspensão de direitos políticos, se concretizada, seria um golpe contra representantes que defendem valores conservadores e cristãos, algo que muitos eleitores veem como uma tentativa de censura por parte de instituições alinhadas à agenda progressista. O desfecho desse caso será crucial para definir até que ponto a liberdade de criticar figuras públicas será respeitada no Brasil, especialmente em um cenário de polarização e tentativas de controle da narrativa por parte da esquerda.