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Moraes reafirma posição inflexível ao Washington Post e ignora pressões externas

Ministro mantém investigações contra Bolsonaro mesmo após sanções americanas e críticas internacionais

Alexandre de Moraes Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Alexandre de Moraes Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Alexandre de Moraes concedeu entrevista ao The Washington Post reafirmando sua postura intransigente diante das crescentes pressões políticas e diplomáticas. O ministro do STF declarou categoricamente que não recuará das investigações envolvendo Jair Bolsonaro e seus aliados, mesmo após as severas retaliações americanas.

As medidas punitivas dos Estados Unidos incluíram a inclusão de Moraes na lista de sancionados pela Lei Global Magnitsky, revogação de seu visto americano e imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Contudo, o magistrado demonstrou total indiferença às consequências diplomáticas.

“Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro. Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem tiver que ser condenado, será condenado; quem tiver que ser absolvido, será absolvido”, declarou ao veículo americano.

Defesa de atuação controversa

Questionado sobre acusações de concentração excessiva de poder, Moraes argumentou que suas decisões foram referendadas pelos demais ministros do Supremo em mais de 700 ocasiões, sem reversões. O magistrado utilizou essa estatística para legitimar sua conduta judicial questionável.

Moraes classificou a tensão diplomática com Washington como temporária, atribuindo o conflito a “narrativas falsas” e desinformação. O ministro reconheceu impactos negativos em sua vida pessoal, mas manteve o discurso de resistência às pressões externas.

“Essas narrativas falsas acabaram envenenando a relação, narrativas falsas apoiadas por desinformação espalhada por essas pessoas nas redes sociais”, afirmou, demonstrando sua percepção distorcida sobre as legítimas preocupações internacionais quanto ao estado democrático brasileiro.