Ministro do STF determina caça internacional à parlamentar que busca tratamento médico no exterior

O ministro Alexandre de Moraes intensificou nesta quarta-feira (4) sua cruzada autoritária contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), determinando sua prisão preventiva e a inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol. A escalada persecutória representa novo capítulo do uso do Supremo Tribunal Federal como instrumento de terror político contra opositores do regime.
A decisão inclui bloqueio de passaportes, contas bancárias, veículos, redes sociais e multa diária de R$ 50 mil por eventuais postagens da deputada. O conjunto de medidas revela a natureza totalitária das ações do ministro, que trata parlamentar eleita democraticamente como líder de organização criminosa internacional.
A perseguição atinge também a família da deputada, com seu marido, coronel Aginaldo Oliveira, sendo forçado a pedir afastamento do cargo de secretário municipal de segurança pública de Caucaia, no Ceará, para acompanhar a esposa em tratamento médico.
Itália antecipa extradição antes da chegada
A perseguição internacional ganhou contornos dramáticos quando o parlamento italiano, através do deputado Angelo Bonelli, cobrou medidas urgentes para impedir que Zambelli use sua cidadania italiana para permanecer na Europa. Agentes em aeroportos e fronteiras italianas foram colocados em alerta para devolver a deputada ao Brasil.
Esta coordenação internacional representa precedente gravíssimo de cooperação com perseguição política, transformando democracias europeias em cúmplices do autoritarismo judicial brasileiro.
Meta e X bloqueiam perfis da deputada
A empresa Meta confirmou oficialmente o cumprimento da decisão de Alexandre de Moraes, bloqueando os perfis de Carla Zambelli no Facebook e Instagram. Em documento enviado ao Supremo, a Meta informou que “a referida ordem foi devidamente processada, tendo sido realizada a indisponibilização das contas”.
O perfil de Zambelli na rede social X também foi retirado do ar, com mensagem: “A conta foi ocultada no Brasil em resposta a uma determinação judicial”. O episódio demonstra como grandes corporações se curvam às exigências autoritárias do STF.
Bloqueios financeiros estrangulam deputada
A decisão de Moraes incluiu bloqueio abrangente de bens da deputada, atingindo salários, verbas parlamentares, contas bancárias, PIX, veículos, embarcações e aeronaves. O bloqueio de passaportes, incluindo o diplomático, representa violação direta de prerrogativas parlamentares estabelecidas na Constituição Federal.
A multa diária de R$ 50 mil por eventuais postagens configura censura prévia e punição desproporcional, criando ambiente de terror psicológico contra qualquer manifestação da deputada.
Deputada forçada ao exílio
Zambelli deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina no dia 25 de maio, seguindo para Buenos Aires e depois para os Estados Unidos, onde está na Flórida. A rota utilizada lembra métodos de exilados políticos de regimes ditatoriais.
A confirmação de que a deputada busca tratamento médico no exterior demonstra como questões de saúde foram criminalizadas pelo STF. A licença do mandato parlamentar que pretende solicitar representa perda para a representação democrática, com eleitores sendo privados de sua escolha devido à perseguição judicial.
Coronel abandona cargo para acompanhar esposa
O afastamento do coronel Aginaldo Oliveira do cargo em Caucaia por “motivo de doença da pessoa da família” evidencia a gravidade da situação de saúde da deputada, desmentindo interpretações de “fuga da Justiça”. O sacrifício profissional demonstra compromisso familiar genuíno diante da perseguição política internacional.
Precedente perigoso para democracia
O caso Zambelli estabelece precedente extremamente perigoso, demonstrando como o STF consegue mobilizar autoridades internacionais para perseguir opositores políticos. Esta capacidade de influência externa representa ameaça à soberania nacional e aos direitos fundamentais dos brasileiros.
O episódio representa marco na degeneração institucional brasileira, demonstrando como um único ministro do STF transformou o país numa ditadura judicial que persegue opositores políticos em escala internacional, violando direitos constitucionais básicos.