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Moraes aciona PGR em ação do PT contra Tarcísio e aguarda manifestação sobre defesa de anistia a Bolsonaro

Alexandre de Moraes, ministro do STF Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Alexandre de Moraes, ministro do STF Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie, em até cinco dias, a respeito da ação apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A iniciativa do parlamentar questiona a atuação de Tarcísio durante sua passagem por Brasília, quando defendeu a aprovação de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro — liderança de oposição já condenada pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão, em decisão polêmica e amplamente contestada pelo campo conservador.

O deputado do PT sustenta que o governador teria cometido obstrução de justiça ao atuar politicamente pela anistia e encaminhou ao STF um pedido para que sejam impostas restrições a Tarcísio, como retenção de passaporte, proibição de viagens ao exterior e de contatos com qualquer investigado relacionado à suposta tentativa de golpe. Alexandre de Moraes, responsável pelos principais inquéritos contra a direita nacional, não demorou a dar andamento à demanda petista, mostrando mais uma vez a inclinação do Judiciário em atender rapidamente pleitos do campo ideológico aliado ao governo Lula, enquanto intensifica seu controle sobre adversários.

Agora, o STF aguarda o parecer da PGR, sinalizando que o cerco judicial se intensifica sobre figuras da oposição, em especial líderes que vêm ganhando protagonismo e projeção nacional fora do espectro petista. O caso reforça os sinais de clara perseguição a representantes do campo conservador, acirrando ainda mais a disputa político-institucional no país.