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Milei rompe com a OMS e acusa organização de violar direitos na pandemia

Javier Milei Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni
Javier Milei Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo a decisão que Donald Trump tomou nos Estados Unidos durante seu governo. A justificativa do líder argentino é a forma como a entidade conduziu a pandemia de covid-19, impondo diretrizes sem embasamento científico e resultando em graves consequências econômicas.

Críticas à atuação da OMS

De acordo com um comunicado oficial do governo argentino, a OMS falhou na coordenação global da crise sanitária e incentivou quarentenas prolongadas, que, segundo Milei, causaram uma “catástrofe econômica mundial”.

“[A OMS] promoveu quarentenas eternas sem embasamento científico. As quarentenas provocaram uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial e, segundo o Estatuto de Roma de 1998, esse modelo poderia ser classificado como um crime contra a humanidade.”

Além das críticas às políticas de lockdown, Milei acusa a organização de priorizar interesses políticos em detrimento da soberania dos países membros e de ter fracassado em sua missão desde sua criação em 1948.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, reforçou o posicionamento do governo e destacou que a OMS prejudicou a gestão da crise sanitária na Argentina ao impor medidas equivocadas.

Impactos da decisão

A saída da Argentina da OMS reforça o alinhamento de Milei com a direita global e segue a estratégia de líderes que questionam a atuação de organismos internacionais. A decisão pode gerar tensão com setores políticos e acadêmicos que defendem a cooperação internacional para crises sanitárias.

Milei encerrou o comunicado afirmando que a Argentina “não permitirá que organismos internacionais interfiram em sua soberania” e defendeu uma revisão global sobre o papel da OMS.