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Mesmo fragilizado, Bolsonaro lidera multidão em defesa da anistia em Brasília

Ex-presidente surpreende ao participar de caminhada em Brasília apenas semanas após cirurgia de 12 horas

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Demonstrando notável determinação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma aparição surpreendente na caminhada pacífica em favor da anistia aos manifestantes de 8 de janeiro, realizada nesta quarta-feira (7) em Brasília. O líder conservador, ainda em período de recuperação de um complexo procedimento cirúrgico intestinal, desafiou as limitações físicas para participar do ato político que reuniu milhares de apoiadores na capital federal.

Apenas três semanas após passar por uma delicada intervenção que durou impressionantes 12 horas no Hospital DF Star, Bolsonaro compareceu ao evento que teve início às 16h com concentração na Torre de TV, seguindo em direção ao Congresso Nacional. A presença do ex-mandatário, ainda visivelmente debilitado, elevou o moral dos manifestantes e reforçou a importância da pauta defendida.

Organizada pelo influente pastor Silas Malafaia e convocada pelo próprio ex-presidente, a manifestação tem como objetivo central pressionar o Congresso Nacional a aprovar o regime de urgência para o projeto de lei que concede anistia aos brasileiros envolvidos nos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Uma vez aprovada a tramitação em caráter de urgência, a proposta seguiria diretamente para votação em plenário, contornando a análise nas comissões temáticas.

O movimento pela anistia ganha força em um momento em que diversos manifestantes permanecem detidos há mais de um ano, muitos sem julgamento definitivo, o que tem gerado críticas de juristas e organizações de direitos civis quanto ao devido processo legal. A caminhada pacífica reforça o clamor por um tratamento equilibrado da Justiça e pelo direito constitucional à manifestação.

A participação de Bolsonaro, mesmo contra recomendações médicas, evidencia a relevância política do tema e sinaliza o compromisso do ex-presidente com suas bases de apoio, reafirmando sua posição como principal liderança da direita brasileira, mesmo após deixar o Palácio do Planalto.